sábado, março 19, 2011

Dia do Pai

Origem do Dia do Pai
Ao que tudo indica, o Dia do Pai tem uma origem bem semelhante ao Dia da Mãe.
Pelo menos é o que mostra a tradição norte-americana.

Em ambas as datas, a idéia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida .

Nos Estados Unidos em 1909 Sonora Louise Dodd, filha do veterano da Guerra Civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão de sua mãe, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Sonora, de Washington, queria um dia especial em homenagem ao pai, que viu a sua mulher dar à luzao sexto filho, tendo que criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa do seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém; foi destemido e amável. Então, já que John Bruce Dodd, pai de Sonora, nascera no mês de Junho, ela escolheu celebrar o primeiro Dia do Pai em Spokane, Washington, no dia 19 de junho de 1910. Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia do Pai nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro Domingo de Junho como o Dia dos Pais.
PELO MUNDO - Pelo menos onze países também comemoram o Dia do Pai à sua maneira e tradição. Em Portugal e na Itália, por exemplo, a festividade acontece no mesmo dia de São José, 19 de março. Mesmo com a ligação católica, essa data ganhou destaque por ser comercialmente interessante.
Os portugueses não dão muita importância a essa comemoração.

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terça-feira, maio 04, 2010

Curiosidade com quase 520 anos

SENTENÇA PROFERIDA EM 1487, NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO

(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5.o, maço 7)

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e
dois anos,será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos.
Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".
"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezessete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de Ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo da Torre do Tombo esta sentença,devassa e mais papéis que formaram o processo".
do "Arquivo Nacional da Torre do Tombo "

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sexta-feira, janeiro 29, 2010

Ponte da Mucela a nossa aldeia vizinha

Ponte da Murcella (ou Mucella)


A Ponte de Murcella é no districto da freguezia de São José de Lavegadas.
Não é no concelho de Tábua; mas do concelho de Poiares, comarca da Louzan. E´actual possuidor da quinta da Ponte da Murcella, o abastado proprietário e caridoso cidadão, o Sr. João Sena de Campos.
Este cavalheiro offereceu generosamente em Agosto de 1875, á junta de parochia de Lavegadas, uma optima casa para a escola de instrução primária, com capacidade para ser também residência do mestre.
E´digno dos maiores elogios , e da gratidão dos seus patricios.

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sexta-feira, setembro 18, 2009

A origem do vinho a Martelo


A origem do vinho a Martelo


Durante o último quartel do século XIX (de 1875 em diante), a "Filoxera" atacou e matou praticamente todas as vinhas de Portugal, depois de ter devastado as da Europa, em regiões como a Alemanha, a Itália, a França, a Espanha, etc..

Sem vinhas, faltou o vinho e sobretudo faltaram as enormes quantidades de vinho de pouca qualidade que tradicionalmente eram destiladas para aguardente e algum bagaço. Estes produtos eram consumidos em grande quantidade, quer aqui na Metrópole, quer ainda no Ultramar Português, que tinha já uma população superior à do Continente. Seguiram-se várias crises vinhateiras, que chegaram a fazer cair os Governos quer da Monarquia quer também da República depois do 5 de Outubro.

Chamaram-se técnicos de vários pontos do mundo.

Da França, veio o Sr. Martell que conseguiu replantar muitas das vinhas do Ribatejo e da Estremadura e pô-las a dar frutos novamente.

A qualidade, em comparação com a que há hoje em dia, não era famosa mas graças à enxertia que se passou a usar, as coisas de facto melhoraram e muito. Esta produção aumentou de tal forma, que o povo começou a falar em vinhos feitos "à lá Martell". Fácil é, pois, ver de onde vem a expressão, "vinho a martelo", que no entanto hoje em dia é aplicada até para descrever actividades ilícitas. A Filoxera, mencionada acima, é um insecto que se desloca na terra e come as raízes da videira matando assim todas as vinhas. Esse insecto não se desloca em terrenos de argila e de areia, por isso as vinhas de Colares que estão em areia não foram atacadas com severidade.

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terça-feira, junho 23, 2009

Põe palha Maria põe palha

Ouvia esta "estoria" quer contada pela Ti Rosa Lima quer por meu pai. Não conhecia a estoria do Põe palha Maria põe palha, mas o saudoso monsenhor Pereira Nunes contou-a no seu livro dos Contos do Fajão.

O Juiz de Fajão, na Relação do Porto

Um dia mataram um homem na serra da Rocha, e o Juiz de Fajão, que andava por ali à caça, viu quem o matou.

Mas como esse homem andava de mal com certo indivíduo, puseram as culpas a esse com quem ele andava mal.

No tribunal, as testemunhas juraram que tinha sido esse fulano o assassino.

O Juiz de Fajão tinha visto, mas não podia ser ao mesmo tempo testemunha e juiz. Tinha de julgar conforme a prova testemunhal, mas também não queria condenar um inocente e deixar em liberdade o assassino.

Então lavrou a seguinte sentença:

Julgo que bem julgo,

posto que bem mal julgado está!

Vi que não vi, morra que não morra!

dêem o nó na corda que não corra.

Chés-bés; Maria põe palha.

E, lida a sentença, aconselhou o réu a recorrer para a Relação.

Foi o processo para a Relação do Porto, e de lá devolveram-no alegando que não entendiam os dizeres daquela sentença, especialmente aquele «chés-bés, Maria põe palha». Que era melhor lá ir.

O Juiz de Fajão marcha para o Porto, mas levou consigo um rapazito dos seus oito anos. Explicou-lhe o que queria dizer «chés-bés, Maria põe palha», e chegado ao

tribunal da Relação, disse ao rapazito que esperasse à porta, e se o chamassem para lhe perguntarem o que queria dizer «chés-bés, Maria põe palha», que dissesse.

Depois entrou, mas ninguém lhe deu cadeira para se sentar. Então ele não se desmanchou; pegou no capote, dobrou-o muito bem dobrado e sentou-se em cima dele.

Perguntaram-lhe então o que queria dizer a sentença, e ele explicou:

«Julgo que bem julgo,» porque julguei conforme a prova testemunhal.» «Posto que bem mal julgado está», porque eu vi que o réu está inocente». «Vi, que não vi», porque vi quem matou mas não posso ser Juiz e testemunha.» Morra que não morra, dêem o nó na corda que não corra», porque ele não deve morrer visto que está inocente.

E pergunta o presidente da Relação:

— Então e que é isto que aqui está: «chés-bés, Maria põe palha?»

— Pois os senhores não sabem o que é chés-bés? Até um rapazito sabe o que isso é. Olhe, quando eu entrei estava ali um à porta; se o mandarem chamar, ele diz o que isso é.

Foram chamar o rapazito, e perguntaram-lhe o que quer dizer «chés-bés». Ele respondeu logo: Quer dizer

etc, etc.

O Juiz da Relação não se deu por vencido, e perguntou ao Juiz de Fajão:

— Então e isto que aqui está: «Maria põe palha?»

— Sabe, Sr. Dr. Juiz, é que nós lá em Fajão temos falta de azeite para nos alumiarmos, e então deitamos palhas na fogueira para podermos escrever. Quando a chama vai a apagar-se tem de se dizer: Maria, põe palha!

O Juiz da Relação disse então:

— Pois se lá não têm azeite, mande cá uma almotolia que eu dou-lhe o azeite.

Terminada assim a audiência, o Juiz de Fajão levantou-se, despediu-se com todo o respeito e já ia a sair, quando o oficial de diligências lhe gritou lá do cimo da escada:

Então o senhor Juiz de Fajão não leva o capote?

— O Juiz de Fajão nunca levantou cadeira donde se assentou.

Contos de Fajão - Monsenhor A. Nunes Pereira, pp15

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segunda-feira, maio 04, 2009

O Significado do Nome Moura Morta

Moura Morta - Centro de Convívio
O nome Moura Morta deve-se possivelmente a:
Moura - Nome de pessoas que aqui terão habitado ou nome de alguma dessas familias, visto ser uma aldeia habitada por Mouros ainda existindo nos dias de hoje alguns vestígios.
Morta - Terra não de passagem por ser um pouco escondida.

Uma das Terras mais antigas da região e das mais importantes também.

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sexta-feira, abril 10, 2009

D. Albino Cleto - Uma diocese que sabe enfrentar as adversidades


A Sexta-feira Santa é um dos lados da realidade que tem do outro lado a ressurreição de Páscoa.
É uma verdade que todos sabemos, mas que deveríamos pôr na nossa vida. E eu peço a Deus que nos ajude a ser capaz de viver as sextas-feiras santas da nossa vida, sejam elas de doença, de problemas familiares, de desemprego com a esperança de que, dando a mão a Deus, pela fé e pela oração teremos sempre depois um Domingo de Páscoa. Teremos depois, sempre com Deus, alegria e realização feliz na vida. É o que eu peço para todos os diocesanos de Coimbra”.

Uma capacidade que permite ao homem e à mulher programarem a vida em conjunto e de forma positiva. Ele é capaz de ir para o estrangeiro e ela fica cá a tocar a vida com a mesma força. O beirão já não é assim. O homem é capaz de ir para a Angola, porque é preciso ganhar dinheiro, e a mulher fica cá a chorar e a esperar todos os dias o telefonema do marido.Depois, temos as gentes do interior, tipicamente da Beira Serra. Gente muito emotiva, muito amiga, com amor à tradição, seja de concelhos de Góis, de Arganil, de Pampilhosa da Serra, de Oliveira do Hospital. E mesmo aí há uma diferença muito grande do planalto (Tábua e Oliveira do Hospital), onde também não se encontra pobreza, e do vale do Alva ( Lavegadas), onde vive o sentimental, o poeta, aquele que, se vai para Lisboa, vai trabalhar para qualquer coisa que o colega lhe arranjou, na padaria ou no restaurante.Depois, temos a zona agrícola do Sul, de Penela, Ansião até Ferreira do Zêzere. E também aqui há uma grande diversidade. Uma região como a de Pombal, em profunda mutação, com problemas muito acentuados ao nível da família, do emprego, de recepção ou rejeição de emigrantes.
Religiosamente, a fé do homem do interior deita a raiz na tradição e no sentimento.

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terça-feira, setembro 23, 2008

Junta de Freguesia da Arrifana

A Junta de Freguesia da Arrifana trás até nós a sua cestaria e os palitos, além disso a arte de trabalhar essa madeira é de tal forma bonita que se conseguem palitos e outros peças que mais parecem obras de arte.
Esta é mais uma das formas de artesanato que caracteriza o nosso concelho.

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quarta-feira, julho 09, 2008

SALSA


S A L S A

Classificação científica
Reino:
Plantae
Divisão:
Magnoliophyta
Classe:
Magnoliopsida
Ordem:
Apiales
Família:
Apiaceae
Género:
Petroselinum
Espécie:
P. crispum
Nome binomial
Petroselinum crispum (Mill.) Nym.
A salsa ou salsinha (Petroselinum crispum (Mill.) Nym.; Apiaceae (Umbelliferae)) é uma planta herbácea bienal, podendo-se também cultivar como anual. Forma uma roseta empenachada de folhas muito divididas, alcança 15 cm de altura e possui talos floríferos que podem chegar a exceder 60 cm com pequenas flores verdes amareladas.
O cultivo da salsa faz-se há mais de trezentos anos, sendo uma das plantas aromáticas mais populares da gastronomia mundial
A variedade de salsa grande Petroselinum crispum tuberosum, possui uma raíz engrossada axonomorfa, parecida com a cherivia, esta é a que se consume como hortaliça crua ou cozida. Esta variedade tem folhas maiores e mais rugosas que a salsa comum, sendo mais semelhantes à espécie silvestre.
As folhas de todos os tipos de salsa são ricas em vitaminas A, B1, B2, C e D, isto se consumidas cruas, já que o cozimento elimina parte dos seus componentes vitamínicos.
A reprodução é feita por sementes, num local ensolarado e em solo que não seja demasiado compacto. Também pode ser cultivada em vasos fundos em uma janela ensolarada.
As folhas frescas e tenras da salsa, simplesmente cortadas, são ideais para temperar pratos.

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segunda-feira, abril 07, 2008

Um dicionário para a Beira-Serra

Anuncia-nos a Paula Amaro que o Dicionário de Autores da Beira-Serra deverá ser lançado em Lisboa até 10 de Junho próximo, depois de uma prolongada demora na revisão das emendas. È caso para se dizer que vale mais tarde do que nunca...
Na verdade, a tarefa de investigação documental foi prolongada – durou mais de 20 anos! "Mea culpa": a pesquisa em jornais, arquivos e bibliotecas foi longa, por estarmos muito longe das fontes. Não obstante, lá chegámos e desde já admitimos que o volume pode trazer verbetes desactualizados, pois foram redigidos há cerca de dois anos. Porém, o principal é que o volume venha à luz...
Receamos que o Dicionário não agrade a toda a gente, pois se limita a averbar os nomes dos escritores dos principais géneros literários, assim como os de várias dezenas de professores universitários (com relevo para os de Coimbra), além de artistas plásticos, músicos, cientistas e outros intelectuais e artistas nascidos ou ligados à nossa região. Quanto às omissões possíveis, confessamos que foram involuntárias, já que do volume constam até certos dos nossos erráticos inimigos declarados – e se assim os designamos é porque eles se julgam insuspeitos dos pecados que todos cometemos, quantas vezes por falta de informações precisas.
No decurso da pesquisa e redacção dos verbetes, pedimos as notas biográficas e bibliográficas a cerca de 300 autores, ao mesmo tempo que publicámos mais de uma dezena de artigos sobre o projecto na imprensa, com destaque para A Comarca de Arganil - o primeiro periódico onde colaborámos, antes de nos tornarmos jornalistas profissionais, sendo evidente que a nossa presença neste jornal em nada desmerece os outros órgãos da imprensa regional. O que se compreende, pois fomos por largos anos editorialista do influente O Estado de S. Paulo, além de professor da Faculdade Cásper Líbero, a mais prestigiada escola de jornalismo do Brasil.
Pois bem, o Dicionário de Autores da Beira-Serra está chegando e devemos agradecê-lo não só ao editor e amigo Silvério Pedroso Amaro e à Paula, directores da Dinalivro de Lisboa, mas também aos inúmeros colaboradores que nos incentivaram, desde o Dr. José Domingos Cabeças, Miguel Ventura, José Caldeira, aos Poetas António Ramos de Almeida e Tamen, ao António Lopes Machado, Aníbal Pacheco, Padres Augusto Nunes Pereira, António Nogueira Gonçalves, António Dinis e António Borges de Carvalho, Dr. António Lourenço, José Sinde Filipe, Nuno Mata, D. Nata lia Figueiredo (que nos emprestou um raro exemplar da 2ª. edição do Viriato Trágico, de Brás Garcia Mascarenhas, publicada pelo dr. Albino Freire de Figueiredo - o notável "Conselheiro Velho" do Pisão), Embaixador Albano Nogueira e à excelente Regina Anacleto, ao Eng. J. E. Mendes Ferrão, Adriano Pacheco, José de Oliveira Serra, Eng. Rui Sanches, Dr. Fernando Vale (e ao Mário), Prof. José Dias Coimbra, Drª Margarida Fróes, António César Ventura e aos directores de A Comarca de Arganil" (Chico e, depois, Jorge Moreira) , bem como aos muitos outros que não conseguimos recordar agora, mas que nos deram informações utilíssimas e correctas para este Dicionário que – temos a certeza – será incorporado ao acervo cultural da Beira-Serra.

João Alves das Neves

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sábado, março 15, 2008

A Bandeira Brasileira

Sendo a Moura Morta uma terra em que muitos dos seus ascendentes andaram pelo Pará doss Brasis , vale a pena ficarem a saber que a Estrela Spica era a estrela do Pará na bandeira.
O que significam as estrelas estampadas na bandeira brasileira?
A bandeira do Brasil tem 27 estrelas. Elas correspondem ao número total de Estados brasileiros e também o
Distrito Federal. O desenho celeste estampado na bandeira representa o céu do Rio de Janeiro, às 20 horas e 30 minutos, no dia 15 de Novembro de 1889, data da Proclamação da República.
A estrela que está acima da faixa branca representa o Estado do Pará.
O nome dela é Spica, a estrela alfa – a mais brilhante –da constelação de Virgem.

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segunda-feira, dezembro 11, 2006

Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho

é uma constante da vida

tão concreta e definida

como outra coisa qualquer,

como esta pedra cinzenta

em que me sento e descanso,

como este ribeiro manso

em serenos sobressaltos,

como estes pinheiros altos

que em verde e oiro se agitam,

como estas aves que gritam

em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho

é vinho, é espuma, é fermento,

bichinho álacre e sedento,

de focinho pontiagudo,

que fossa através de tudo

num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho

é tela, é cor, é pincel,

base, fuste, capitel,

arco em ogiva, vitral,

pináculo de catedral,

contraponto, sinfonia,

máscara grega, magia,

que é retorta de alquimista,

mapa do mundo distante,

rosa-dos-ventos, Infante,

caravela quinhentista,

que é cabo da Boa Esperança,

ouro, canela, marfim,

florete de espadachim,

bastidor, passo de dança,

Colombina e Arlequim,

passarola voadora,

pára-raios, locomotiva,

barco de proa festiva,

alto-forno, geradora,

cisão do átomo, radar,

ultra-som, televisão,

desembarque em foguetão

na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,

que o sonho comanda a vida,

que sempre que um homem sonha

o mundo pula e avança

como bola colorida

entre as mãos de uma criança.

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domingo, maio 07, 2006

BOTANICA - As Begonias



Begónias (ou begônias) são plantas do gênero Begonia, família Begoniaceae.
São, de maneira geral, plantas ornamentais de folhagem característica, e ocasionalmente flores atraentres. Estimativas apontam para cerca de 1000 espécies de begônias. O Angiosperm Phylogeny Group aponta para a cifra de 1400 espécies.
As begônias provêm principalmente da América tropical, de florestas húmidas ou nichos de humidade das savanas, com muitas espécies epífitas ou rupícolas, embora a maioria seja terrestre. Algumas espécies apresentam tubérculos subterrâneos que as mantêm vivas por muitos anos, embora a parte aérea normalmente pereça no fim de cada ciclo anual. As assim chamadas "begônias tuberosas" são apreciadas por serem plantas duradouras, que podem ser armazenadas em forma de tubérculos fora da terra durante algum tempo para tornar a brotar na época apropriada. Outras begônias, mesmo sem tubérculos, podem tornar-se espécies bastante duradouras, sobrevivendo por décadas mantendo o seu viço. Quase todas as espécies se propagam por meio de rizomas.

Folhagem colorida de Begonia boverii
A maioria das begônias possuem caules aéreos herbáceos, e são cultivadas como ervas. Porém, outras espécies, como a "begônia-asa-de-anjo" (Begonia coccinea) e "begônia-metálica" (Begonia aconitifolia), desenvolvem caules erectos e consistentes, alcançando até 1,5 metros de altura.
As folhas das begônias são, sem dúvida, o seu maior atrativo. De forma reniforme, incomum, e usualmente extremamente coloridas, são muito visadas para canteiros sombreados (onde normalmente as espécies mais apropriadas têm folhagem verde-escura). De todas as espécies, a que mais se destaca neste aspecto é a Begonia rex, com folhas enormes, com cores que variam do bronze ao rosado, ou vermelho, algumas prateadas ou brancas, com pintas, estrias e manchas de cores alternadas. Outras espécies, como a "begônia-cruz-de-ferro" (Begonia massoniana) e a "begônia-preta" (Begonia boverii) também se destacam pela sua folhagem ornamental.

Flores femininas de Begonia coccinea
As flores das begônias são diminutas, ornamentadas por brácteas brancas ou coloridas, que se tornam no seu principal atrativo. A maioria das espécies possuem brácteas pequenas, ou de colorido pálido que, em contraste com a folhagem, perdem o seu valor. Entretanto, certas espécies, como Begonia elatior, Begonia cucullata e Begonia tuberosa são avidamente procuradas pelas suas flores coloridas, que variam do branco ao vermelho. Em B. elatior e B tuberosa, as flores são especialmente grandes, e, como resultado de repetidos cruzamentos, apresentam-se como algo semelhante a rosas. As espécies cultivadas pelas suas flores usualmente apreciam a luz do sol.
Os métodos de cultivo variam de espécie para espécie. Uma identificação precisa auxilia neste conhecimento, pois ajuda a determinar se a planta pertence a uma espécie terrestre, epífita ou rupícola. De maneira geral, são cultivadas em solos orgânicos, bem drenados, protegidas da luz solar directa e de correntes de ar, irrigadas com freqüência.

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domingo, abril 23, 2006

As Secarias


Este é um local situado na parte Norte da Moura Morta, na qual poderemos ver os campos de cultivo, algumas das vinhas de onde é extraido um o vinhos, o qual está ao dispor dos habitantes; pois este vinho não é comercializado.
Embora não se consiga verificar na fotografia estes terrenos fazem fronteira entre os dois concelhos, Vila Nova de Poiares e Arganil, sendo essa divisão feita pelo rio Alva.

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