Centenario de Monsenhor Nunes Pereira
Monsenhor Nunes Pereira chegou a celebrar missa na Capela da Moura Morta a convite dum grupo de Primos ( da Moura Morta, Ponte de Mucela, Mucelão, Vilarinho, S. Miguel etc.) que anualmente reuniam no Almoço dos Primos e mandavam celebrar uma missa aos seus familiares. Num desses almoços, Monsenhor Nunes Pereira presentou alguns "primos" com as suas caricaturas.
No dia em que se comemorou o centenário do nascimento de Monsenhor Nunes Pereira, Coimbra deu início a "um programa ambicioso e diversificado" de homenagem a uma personalidade "exemplar".
Monsenhor Nunes Pereira. "Era uma figura austera, mas iluminada por uma plácida e sorridente bondade". Ontem , numa "saudosa e grata homenagem", considerado um "grande artista ao serviço da fé". As comemorações do centenário do nascimento do Monsenhor Nunes Pereira arrancaram este fim-de-semama e vão prolongar-se durante todo o próximo ano (até 2 de Dezembro de 2007), através de um vasto programa cultural, com incidência nas exposições, atendendo ao facto de Nunes Pereira ter sido um multifacetado artista, que dedicou grande parte da sua obra às artes plásticas, destacando-se na vertente da xilogravura. Ontem, o Salão Nobre dos Paços do Município de Coimbra acolheu a sessão solene de abertura das comemorações, que contou com a presença de vários amigos e admiradores que deram testemunho da convivência pessoal com o homem, o artista e o sacerdote. "Tinha uma permanente visão estética do mundo e da vida e foi através dela, e da beleza que encontrava nas coisas, que monsenhor deu a comungar Deus aos outros. Assim se explica a múltipla variedade das suas formas de expressão", lembrou Aníbal Pinto de Castro, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Revisão da história“Se o que pode impedir o acesso a uma efectiva compreensão da obra de Monsenhor Nunes Pereira é uma familiaridade com o artista, é chegado o momento mais difícil dessa admiração, que é situar o artista no tempo das artes portuguesas do século XX".
O homem cuja modéstia não o impediu de se tornar "numa pessoa com tantos méritos".
Vida e obra
Augusto Nunes Pereira nasceu em 1906 na Mata de Fajão, concelho de Pampilhosa da Serra. O seu pai era escultor santeiro, uma herança que explica o talento que mostrou desde jovem. Dominando a técnica do vitral, dedicou-se especialmente aos trabalhos de xilogravura, desenhos artísticos a buril, água forte, ponte seca e lápis. Gravuras em madeira, cobre, lousa, marfim e calhau rolado também fazem parte do seu espólio. Senhor de uma obra artística onde a espiritualidade aparece sob as mais insuspeitas formas, Monsenhor Nunes Pereira viveu uma vida longa e profícua entre o sacerdócio – que abraçou com devoção e entrega nas paróquias de Montemor-o-Velho, Côja e Coimbra (S. Bartolomeu) – e o cultivo das artes. Ordenou-se padre em 1929. Na primeira pessoa deixou Monsenhor Nunes Pereira, na sua fotobiografia, um "pequeno" texto de apresentação:
"(...) Nasci à beira do Rio Ceira, na base dos altos penedos de Fajão. (...) Conheci o heroísmo daquela gente e partilhei do seu duro labor. Absorvi a cultura popular da região serrana e herdei, de meu pai, a tendência para as artes, um vasto ferramental e um nome que é quase um mito e, de minha mãe, um imenso saber de tradição popular. Assim equipado, parti para a vida". Faleceu a 1 de Junho de 2001, com 94 anos.
No dia em que se comemorou o centenário do nascimento de Monsenhor Nunes Pereira, Coimbra deu início a "um programa ambicioso e diversificado" de homenagem a uma personalidade "exemplar".
Monsenhor Nunes Pereira. "Era uma figura austera, mas iluminada por uma plácida e sorridente bondade". Ontem , numa "saudosa e grata homenagem", considerado um "grande artista ao serviço da fé". As comemorações do centenário do nascimento do Monsenhor Nunes Pereira arrancaram este fim-de-semama e vão prolongar-se durante todo o próximo ano (até 2 de Dezembro de 2007), através de um vasto programa cultural, com incidência nas exposições, atendendo ao facto de Nunes Pereira ter sido um multifacetado artista, que dedicou grande parte da sua obra às artes plásticas, destacando-se na vertente da xilogravura. Ontem, o Salão Nobre dos Paços do Município de Coimbra acolheu a sessão solene de abertura das comemorações, que contou com a presença de vários amigos e admiradores que deram testemunho da convivência pessoal com o homem, o artista e o sacerdote. "Tinha uma permanente visão estética do mundo e da vida e foi através dela, e da beleza que encontrava nas coisas, que monsenhor deu a comungar Deus aos outros. Assim se explica a múltipla variedade das suas formas de expressão", lembrou Aníbal Pinto de Castro, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Revisão da história“Se o que pode impedir o acesso a uma efectiva compreensão da obra de Monsenhor Nunes Pereira é uma familiaridade com o artista, é chegado o momento mais difícil dessa admiração, que é situar o artista no tempo das artes portuguesas do século XX".
O homem cuja modéstia não o impediu de se tornar "numa pessoa com tantos méritos".
Vida e obra
Augusto Nunes Pereira nasceu em 1906 na Mata de Fajão, concelho de Pampilhosa da Serra. O seu pai era escultor santeiro, uma herança que explica o talento que mostrou desde jovem. Dominando a técnica do vitral, dedicou-se especialmente aos trabalhos de xilogravura, desenhos artísticos a buril, água forte, ponte seca e lápis. Gravuras em madeira, cobre, lousa, marfim e calhau rolado também fazem parte do seu espólio. Senhor de uma obra artística onde a espiritualidade aparece sob as mais insuspeitas formas, Monsenhor Nunes Pereira viveu uma vida longa e profícua entre o sacerdócio – que abraçou com devoção e entrega nas paróquias de Montemor-o-Velho, Côja e Coimbra (S. Bartolomeu) – e o cultivo das artes. Ordenou-se padre em 1929. Na primeira pessoa deixou Monsenhor Nunes Pereira, na sua fotobiografia, um "pequeno" texto de apresentação:
"(...) Nasci à beira do Rio Ceira, na base dos altos penedos de Fajão. (...) Conheci o heroísmo daquela gente e partilhei do seu duro labor. Absorvi a cultura popular da região serrana e herdei, de meu pai, a tendência para as artes, um vasto ferramental e um nome que é quase um mito e, de minha mãe, um imenso saber de tradição popular. Assim equipado, parti para a vida". Faleceu a 1 de Junho de 2001, com 94 anos.
6 Comments:
Tive o prazer de o conhecer. Uma figura impar como homem e como artista.
Tive o grato prazer de pessoalmente o conhecer.
Passou muitas vezes pela nossa Casa nos Moinhos acompanhando o meu saudoso Pai, de quem era muito amigo.
Tenho caricaturas e um pequeno busto em madeira de meu Pai de sua autoria.
Homem simples, com fala pausada de beirão da serra, de fino trato, de cultura ímpar, com sensibilidade de artista.
Um notável homem bom, que deve ser recordado.
João Manuel P. Henriques Simões - Tomar.
ah eu tb o conheci!
tiramos um curso de costura juntos!
é...
foi isso
Coitado!
Se fosse verdade este anônimo muito tinha aprendido com o Monsenhor Nunes Pereira.
Que até lhe cozia a boca a ponto de cruz para não dizer asneiras e a mão com bilros para não poder escrevinhar estas tolices.
oh anónimo! ñ sabia q o sr tb sabia fazer ponto de cruz! era mt prendado!
Mas ficou a saber.
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