CAULE homenageia amizade e dedicação de Sérgio Correia à causa florestal no desenlace de um ciclo de 10 anos de permanente colaboração
Foi num jantar entre amigos, num tom descontraído de quem partilha muitas "estórias", mas num ambiente que não deixou de ser de celebração, que a CAULE homenageou o fechar de um ciclo de dez anos de permanente ligação e colaboração entre a Associação Florestal da Beira Serra e Sérgio Correia, coordenador do Dispositivo de Prevenção Estrutural – Defesa da Floresta da Direcção Regional de Florestas do Centro (DRFC). “Um homem de causas” que, para esta Associação, ficará lembrado pelo seu mérito profissional, nobreza de valores, dedicação e, sobretudo, pelos muitos ensinamentos que legou.
O Presidente da CAULE, José Vasco de Campos, referiu, em nome da Associação que representa, “não ser possível esquecer o currículo de Sérgio Correia e a ligação solidária e permanente que, desde o início, manteve com a CAULE” e que terá servido de base para o estreitamento de ligações entre os serviços florestais e os organismos de protecção civil, essenciais a uma adequada estratégia de intervenção florestal e determinantes no sucesso de muitas acções.
Num momento propício ao desencadear de memórias, o Presidente da CAULE recorda como “marco” um fogo florestal em Penela, no trágico ano de 2005, em que Sérgio Correia, “quando o fogo parecia já completamente descontrolado, quando já tudo estava esgotado e os bombeiros exaustos, tomou a iniciativa de reunir algumas equipas de Sapadores Florestais e conduziu-nos todos para lá”, lembra José Vasco de Campos, frisando que aquela foi a primeira vez em que os Sapadores saíram do seu território próprio de intervenção para um combate directo com o fogo. “O certo é que naquela madrugada o fogo já estava apagado, em muito graças ao espírito corajoso e de grande profissionalismo de Sérgio Correia”, acrescenta.
Fazendo ainda referência ao papel impulsionador que o homenageado, que agora se retira de funções ligadas ao Estado, desempenhou em questões tão relevantes como o incentivo ao uso da técnica do fogo controlado, bem como no lançamento da Associação Florestal de Góis, o Presidente da CAULE deixou um “muito obrigado a um amigo que, ao longo dos dez anos de vida que a Associação completa em Fevereiro, esteve sempre disponível, sempre de uma forma solidária e correcta”.
Foi também de palavras de agradecimento que serviu Sérgio Correia, confessando que “não esperava que a CAULE chegasse tão longe como chegou”. Lembrando o papel de estreita cumplicidade e interacção que deve existir entre as equipas de Sapadores Florestais, técnicos, Juntas de Freguesia e população em geral na gestão do património florestal, o Engenheiro Florestal revelou-se orgulhoso no trabalho desenvolvido pela Associação Florestal ao longo de um ciclo que – admite – “deixou marcas profundas”.
“Apesar de a Floresta Portuguesa se debater hoje com grandes contrariedades, cabe aos jovens técnicos apostar na luta por causas justas e exigir tantas condições de dignidade como os trabalhadores dos grandes centros”, transmitiu Sérgio Correia aos cerca de trinta presentes, concluindo ainda, em jeito de reflexão, que “as organizações são, na maioria das vezes, a imagem de todos os que as compõem”.
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