Mouramortinos que às vezes por cá se perdem.
O post de hoje é especialmente dirigido aos Mouramortinos que às vezes por cá se perdem.
Diz quem sabe que um topónimo, para além de constituir um referencial para cada lugar, possui também um significado de grande importância para as gentes desse lugar.
Tal como uma alcunha, quando assenta, acompanha uma vida até ao seu termo, quantas vezes ramificando na árvore genealógica de geração em geração, tendo tido na sua origem uma razão de ser, também o topónimo perpetua no tempo um valor inerente a acontecimentos marcantes da vida social e cultural de um povo.
Na Moura Morta, nome que parece estar relacionado com uma celebre moura que era a fiel depositaria dos impostos e das tensas aquando do foral dado por D. Afonso Henriques. Esta era uma terra forte e farta com as explorações aurifereas no Rio Alva.
A atribuição de topónimos não foge à regra.Cada barroca, cada cabeço, cada chão, etc., está identificado por um nome, às vezes sabe-se lá com que significado, mas sempre a simbolizar uma homenagem a algo ou alguém que ficou ligado à razão pela qual foi baptizado esse lugar.
O mesmo acontece com as ruas do povo, as quais, desde a formação deste aglomerado urbano, foram nomeadas, geralmente relacionando-as com a peculiaridade de um morador ou com uma qualquer singularidade que caísse no goto da população, ficando apenas gravado na mente de cada um.
E ninguém lhe trocava o nome.
Já no pós 25 de Abril (aí por 1979), com a chegada de uma mais moderna forma de distribuição do correio, porta a porta, haveria a necessidade de atribuir número de polícia a cada uma as casas e identificar as ruas atribuindo-lhes um nome.
Neste ponto custa-nos aceitar o facto de (e a constatação não é só nossa) nenhum Mouramortino ter merecido a honra de ter sido evocada a sua memória numa lápide à entrada de uma rua ou de cada terreiro ou largo.
Será por isso que ainda na Freguesia das Lavegadas não ha uma placa identificativa do lugarejo, do local, da rua, da estrada...etc.
Bem que lutaram ha anos os membros da Junta e da Assembleia de Freguesia das Lavegadas. Ainda hoje não se percebe porquê tal atraso. Que interesses se movem para que isso não seja uma realidade?
Ao rei D. João IV, foi-lhe concedida justa homenagem, não pelo feito de nos ter libertado dos espanhóis (talvez hoje esteja arrependido) mas porque, segundo consta, doou algumas terras dos termos de Pombeiro às gentes da Costa Alta. Foi uma forma de recompensar um bravo soldado, filho deste lugarejo de pastores e moleiros pendente das faldas das encostas do Rio Alva, por ter dado umas jeiras a ajudar na restauração da soberania do país.
Mas como a história também é feita de deduções, às vezes pouco sustentadas, por nós, diriamos que Independência por independência, para a Moura Morta foi mais importante a integração no fim do sec. XIX na freguesia de Lavegadas do concelho de Poiares. Tambem promovida pelo Dr. Antonino Henriques, nascido e criado nesta terra, que nos inicios dos anos 60 conseguiu convencer as autoridades civis a construir o chafariz que hoje existe no Terreiro e a electrificar a aldeia da Moura Morta.
De acordo com a Lei em vigor, compete às Juntas de Freguesia a responsabilidade de apresentar propostas às Comissões de Toponímia das Câmaras Municipais para dar nomes às Ruas, Largos, etc...sendo que a mesma competência poderá ter para os alterar.
Deixa-se aqui esta sugestão para que a Assembleia de Freguesia venha a propor a criação de uma toponimia adequada nas aldeias do nosso Concelho a exemplo do que se vê em todos os concelhos vizinhos e em que qualquer um dos que com as suas mouramortinices fez algo de merecedor para poder figurar nos anais da história da Moura Morta.
Diz quem sabe que um topónimo, para além de constituir um referencial para cada lugar, possui também um significado de grande importância para as gentes desse lugar.
Tal como uma alcunha, quando assenta, acompanha uma vida até ao seu termo, quantas vezes ramificando na árvore genealógica de geração em geração, tendo tido na sua origem uma razão de ser, também o topónimo perpetua no tempo um valor inerente a acontecimentos marcantes da vida social e cultural de um povo.
Na Moura Morta, nome que parece estar relacionado com uma celebre moura que era a fiel depositaria dos impostos e das tensas aquando do foral dado por D. Afonso Henriques. Esta era uma terra forte e farta com as explorações aurifereas no Rio Alva.
A atribuição de topónimos não foge à regra.Cada barroca, cada cabeço, cada chão, etc., está identificado por um nome, às vezes sabe-se lá com que significado, mas sempre a simbolizar uma homenagem a algo ou alguém que ficou ligado à razão pela qual foi baptizado esse lugar.
O mesmo acontece com as ruas do povo, as quais, desde a formação deste aglomerado urbano, foram nomeadas, geralmente relacionando-as com a peculiaridade de um morador ou com uma qualquer singularidade que caísse no goto da população, ficando apenas gravado na mente de cada um.
E ninguém lhe trocava o nome.
Já no pós 25 de Abril (aí por 1979), com a chegada de uma mais moderna forma de distribuição do correio, porta a porta, haveria a necessidade de atribuir número de polícia a cada uma as casas e identificar as ruas atribuindo-lhes um nome.
Neste ponto custa-nos aceitar o facto de (e a constatação não é só nossa) nenhum Mouramortino ter merecido a honra de ter sido evocada a sua memória numa lápide à entrada de uma rua ou de cada terreiro ou largo.
Será por isso que ainda na Freguesia das Lavegadas não ha uma placa identificativa do lugarejo, do local, da rua, da estrada...etc.
Bem que lutaram ha anos os membros da Junta e da Assembleia de Freguesia das Lavegadas. Ainda hoje não se percebe porquê tal atraso. Que interesses se movem para que isso não seja uma realidade?
Ao rei D. João IV, foi-lhe concedida justa homenagem, não pelo feito de nos ter libertado dos espanhóis (talvez hoje esteja arrependido) mas porque, segundo consta, doou algumas terras dos termos de Pombeiro às gentes da Costa Alta. Foi uma forma de recompensar um bravo soldado, filho deste lugarejo de pastores e moleiros pendente das faldas das encostas do Rio Alva, por ter dado umas jeiras a ajudar na restauração da soberania do país.
Mas como a história também é feita de deduções, às vezes pouco sustentadas, por nós, diriamos que Independência por independência, para a Moura Morta foi mais importante a integração no fim do sec. XIX na freguesia de Lavegadas do concelho de Poiares. Tambem promovida pelo Dr. Antonino Henriques, nascido e criado nesta terra, que nos inicios dos anos 60 conseguiu convencer as autoridades civis a construir o chafariz que hoje existe no Terreiro e a electrificar a aldeia da Moura Morta.
De acordo com a Lei em vigor, compete às Juntas de Freguesia a responsabilidade de apresentar propostas às Comissões de Toponímia das Câmaras Municipais para dar nomes às Ruas, Largos, etc...sendo que a mesma competência poderá ter para os alterar.
Deixa-se aqui esta sugestão para que a Assembleia de Freguesia venha a propor a criação de uma toponimia adequada nas aldeias do nosso Concelho a exemplo do que se vê em todos os concelhos vizinhos e em que qualquer um dos que com as suas mouramortinices fez algo de merecedor para poder figurar nos anais da história da Moura Morta.
9 Comments:
Bem lutou a Drª Elsa Diniz para que se implementasse a toponimia na nossa Freguesia e ate hoje nada.
EU GOSTAVA DE TER LIDO TBM A XEGADA DE ALGUNS IMIGRANTES K VIERAM PASSAR O NATAL A NOSSA ALDEIA COMO COSTUMAM AFAZER COM OUTROS IMIGRANTES OU ESTES SAO IMIGRANTES DE SEGUNDA
Anónimo das 0.06 , pareces estar perdido...não se percebe o que queres e não é sobre o assunto do texto...
Talvez isto venha a proposito das 7 maravilhas Naturais.
para quem nos visitar vai ser uma maravilha, andar a procurar onde fica a Moura Morta. Onde são as descidas para o Rio.
Onde fica o Vale d' Escuro,a Redonda, as Secarias,o Defojo, a Ladeira do Moinho, o Lavadouro, a Costa Alta, a Consalinha e ja agora o Terreiro, a Rua de Cima , o Cimo da Rua, a Meda e outras coisas mais.
Encontrar a Moura Morta já vai ser um desafio...e quando se aproximarem não vão saber na mesma ... com aquelas placas...será que é assim tão dificil trocar aquela placa?
Enquanto andarem entretidos com a chanfana e a homenagearem-se uns aos outros nem se lembram de placas nem letreiros nem toponimia.
O que vale é que somos todos analfabetos. Não sabemos ler nem precisamos.
É só intuição.
Será vandalismo escrever o nome a grafiti? Pelo menos não ficava aquela vergonha...
"Enquanto andarem entretidos com a chanfana e a homenagearem-se uns aos outros(...)" .... GOSTEI TANTO DESTA MSG...mostra bem o que se passa!!
hoje vi a placa e já só se consegue lê "morta" ... se calhar é para assustar...por favor,é preciso fazer um abaixo assinado para trocar aquela placa vergonhosa?!
Enviar um comentário
<< Home