Nora e Roda de tirar Água
A Roda de Tirar Água nos Rios
Roda ainda existente no caneiro do Vimieiro no rio Alva
A roda é um aparelho propulsionado pela energia produzida pela deslocação de agua entre duas cotas diferentes. É por isso que se monta um caneiro, para armazenar essa energia de agua represada com uma cota superior a montante e uma cota inferior a jusante. A agua passa pelo canal forçando as penas da roda que a obriga assim a rodar.
Nesse movimento, os cubos vão-se enchendo e no movimento ascensional irão descarregar a agua no tabuleiro da roda. Daí a agua lá irá ao seu destino.
Nora é um engenho ou aparelho para tirar água de poços. É constituído por uma roda com pequenos alcatruzes ou cubos encadeados num calabre flexível que acompanhava o perímetro da roda que o traccionava.
Os muçulmanos introduziram na Península Ibérica o uso de noras e das rodas.
Normalmente as noras possuem uma haste horizontal (cambão do engenho)acoplada a um eixo vertical que por sua vez está ligado a um sistema de rodas dentadas. Este sistema faz circular um conjunto de alcatruzes ( cubos) entre o fundo do poço e a superfície exterior. Os alcatruzes descem vazios, são enchidos no fundo do poço, regressam e quando atingem a posição mais elevada começam a verter a água numa calha ( tabuleiro) que a conduz por caleira ou tubos ao seu destino. O ciclo de ida e volta dos alcatruzes ao fim do poço para tirar água mantém-se enquanto se fizer rodar o veio vertical e o poço tiver água.
Tradicionalmente as noras são engenhos de tracção animal. Estes engenhos vieram em muitos casos substituir a picota ou a cegonha ( burro de tirar agua), anteriormente utilizados como aparelhos principais para tirar água na Península Ibérica. A sua introdução na Península Ibérica é sem duvida de origem árabe.
As noras foram umas das razões para que se fizessem os passeios nos poços, que seria o trilho do movimento de tracção efectuado pelos animais. Na nossa zona normalmente eram os bois os animais que iam ao engenho. Alturas houve em que a burra do Júlio Moleiro trabalhava nos poços da Vinha.
Com estes Engenhos, puxavam-se as aguas e encaminhavam-se, permitindo o regadio de vários terrenos agrícolas, o enchimento de tanques e águas para os animais.
Etiquetas: Picota, Roda. Engenho
14 Comments:
Recomendo a visita a outros locais no Rio Alva como poe Ex.Vale da Chã em Friúmes onde tambem há ro~da de tiras agua propriedade da Associação Amigos do Alva - Friúmes.
Tens de enviar umas fotos para as colocarem no blog
Eu gosto menos das noras que tiram vinho assim bebu menos
Pois é oh Miguel, manda pro mail mouramorta@gmail.com . Assim entrarão de imediato no Blog. Afinal, Friumes é logo ali em baixo perto da Moura Morta e quando a agua la chega j a vai mais quente.
E consegue-se lá ir de carro a Vila Chã? E ha la sitio para beber um copo?
ts dessas rodinhas foram feitas pelo senhor ideias...e esse senhor é o melhor avô do mundo...o meu...
ESSE TEU AVÔ Q É TB MEU TIO!
GRANDE TI ABEL IDEIAS
Há artistas e artistas, mas há uns que nem com o passar dos tempos se esquecem, o trabalho e engenho dignficaram para todo o sempre um grande senhor de seu nome Abel Lopes.
Em cada rabisco em cada traço construia uma ideia digna de engenharia. Felizmente tenho a companhia desse mesmo senhor, senhor de ideias raras e próprias.
E a Moura Morta que teve desde a Redonda ate à Roda Grande umas 10 rodas que "Chiavam toda a noite".
As pessoas com o ouvido mais apurado, conseguiam distinguir o som proprio de cada roda.
Eram assim as grandes Rodas do Ti Bernardo e do Ti Manel Guerreiro na Redonda, a do Ti Sabino era mais pequena e regava as insuas dele e do Canto do Poço.
Era a roda da Ti Maria Candida, depois a do Fatacho. Depois no Caneiro havia uma na moenda e outra em frente que regava o Caneiro. Depois no Vale das Fontes a do Dr. Antonino e mais abaixo a do Ze do Terreiro e depois a grande do Vale de Escuro. havia ali tambem duas que eram do pessoal de Mucelão. Depois a celebre Roda Grande que era da Quinta do Outeiro.
Pois tudo isto desapareceu.
As Moendas o mesmo. A do fatacho, a do caneiro, do Vale das Fontes e do Torrozelo.
Tudo desaparecido e uma grande falta de coragem de recuperar alguma coisa destas para os vindouros.
Ate um moinho de ribeiro ja foi oferecido para ser recuperado, assim como oum forno da cal..... mas nada aconteceu.
Veja-se o que se passou com o cemiterio. Ate este que é o lugar final de nos todos foi tão controverso e o tempo que demorou.
Não fossem os javalis e a vergonha de alguns, ainda hoje estaria aberto e por acabar...
MAS ESTA AONDE?
No Vimieiro?
Estou neste momento a construir uma nora, com a finalidade de tirar água de um rio onde tenho um terreno e estou a trabalhar a terra para a cultivar em regime biologico todos os produtos de que necessito para sustento da minha família. a vantagem está em aproveitar a corrente das águas do rio e transformar o movimento de translação em rotação, conseguindo assim elevar a água e colocá-la em meu terreno, sem custos adicionais.isto chama-se economizar combustível.
Fazes muito bem.
Assim é que é.
Aproveitar a terra como deve ser. O planeta terra não cresce mais e temos todos de ca caber e comer do que ela der.
Fica a saber que as batatas, o leite e o pão não vêm do supermercado. Isso vem do trabalho na terra.
Na minha região não exite os moinhos de agua, as noras ,azenhas.moinhos de vento e afins.Como constato existir muitas pessoas interessadas nestas coisa e, sendo eu também um delas sugeria que se fizesse um levantamento nacional , cada um no seu concelho, por forma a tomar conhecimento do que de belo e exemplar ainda existe . bom seria que viesse para a net. fotos, para melhor ilustrar as obras de arte dos nossos heróis antepassados.
Qual dependência energética. ponham os olhos nos nossos antepassados e vejam como resolviam os seus problemas para dar de comer aos seus e constituir fonte de maneio para suas famílias.anda por aí muita gente na lua , digo a querer descobrir a lua, quando na terra ainda existe muito por fazer que não consporcar este pobre planeta, hávido que está de que o tratem bem.Energias alternativas não ere novidade para os nossos antequeridos.Comiam o pão que o diabo amassou, mas com dignidade viviam . hoje as novas tecnologias ,digo apois, é só para os da gamela.
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