O Vinho da Quinta de Foz de Arouce e as Invasões Francesas
Quinta de Foz de Arouce: das invasões francesas ao tinto de 1995
A Quinta de Foz de Arouce juntou-se às Comemorações do Bicentenário das Invasões Francesas ao lançar um edição limitada e numerada de garrafas, com um rótulo comemorativo da efeméride. Neste âmbito, a Câmara Municipal da Lousã organizou as IIIª Jornadas, a 18 de Março, sob o tema, "As Invasões Francesas e a Península Ibérica" à qual se associou a Quinta de Foz de Arouce com a produção de 1000 garrafas de vinho tinto e que já foi lançado.
Derrotados na Batalha do Buçaco, as tropas francesas não retiraram de Portugal, avançando sobre Lisboa, sendo novamente batidos nas Linhas de Torres, em Fevereiro de 1811. Depois disso, o comandante marechal André Masséna ordenou a retirada do seu exército para norte, em direcção a Coimbra, mas com as tropas anglo-lusas no seu encalço os recontros foram frequentes e a situação francesa cada vez mais insustentável. Na noite de 14 para 15 de Março, na tentativa de atravessar o rio Ceira, na foz do rio Arouce, junto à ponte da Mucela, os comandados do Marechal Ney, foram encurralados pela altura das águas que não davam passagem a vau e por um nevoeiro cerrado que levou os franceses a dispararem uns contra os outros. Durante a manhã e parte da tarde do dia 15, em Foz de Arouce, as forças aliadas, comandadas pelo Duque de Wellington acabaram com a já débil resistência, obrigando o exército napoleónico a fugir deixando para trás canhões e muito equipamento. Alguns desses combates tiveram como palco a Quinta de Foz de Arouce, onde hoje se produz este grande vinho.
No dia seguinte essas tropas francesas acamparam na Gandara de Mucela e em parte na zona da Roda Grande e Chão do Rio entre a Moura Morta e a Ponte de Mucela.
No dia seguinte essas tropas francesas acamparam na Gandara de Mucela e em parte na zona da Roda Grande e Chão do Rio entre a Moura Morta e a Ponte de Mucela.
A Quinta de Foz de Arouce pertencia à época a Joaquim José Furtado da Mesquita e Távora de Paiva Pinto, avô do primeiro Conde de Foz de Arouce. Seu filho, Francisco Furtado de Mesquita e Távora de Paiva Pinto, foi com 27 anos, Capitão da 1ª Companhia de Milícias da Lousã.
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