Alegado incendiário detido em Friúmes
É suspeito da autoria de dois incêndios florestais, registados no concelho de Penacova, e foi detido pela Polícia Judiciária (PJ). Falamos de um homem de 39 anos, servente de pedreiro, e residente na freguesia de Friúmes, naquele concelho.
O suspeito vive sozinho e revela algum desenquadramento social. Um facto que, conjugado com um «quadro de atracção pelo fogo», como sublinha a PJ, o terá levado a atear dois focos de incêndio. O primeiro verificou-se no dia 29 de Agosto e, de acordo com fonte ligada à investigação, destruiu uma área de cerca de cinco mil metros quadrados de floresta, exigindo uma mobilização significativa de meios de combate, cuja intervenção célere impediu que as chamas atingissem uma dimensão mais relevante. Situação semelhante verificou-se na passada quinta-feira, com o segundo incêndio que, todavia, teve uma dimensão menor, consumindo uma área de cerca de mil metros quadrados de eucaliptal e pinhal.
O homem, sem antecedentes policiais e com um «quadro familiar destruturado», terá ateado as chamas com recurso a um isqueiro e, de acordo com fonte policial, «não apresenta razões plausíveis» para os actos que praticou, “desculpando-se” com o «fascínio pelo fogo».
Os incêndios que nos últimos tempos têm surgido em Penacova, à semelhança, de resto, com o que tem acontecido noutros concelhos, particularmente Miranda do Corvo, mereceram particular atenção das autoridades policiais, dada a possibilidade de se estar perante uma situação de fogos provocados por mão criminosa.
Relativamente a Friúmes, as investigações “conduziram” ao servente de pedreiro, que foi detido na quinta-feira, à noite, na zona da sua residência, naquela freguesia. Ontem à tarde foi presente a tribunal, para primeiro interrogatório e devolvido à liberdade, mas obrigado a apresentar-se duas vezes por semana no posto policial da sua área de residência.
Com a detenção de Friúmes eleva-se para uma dezena o número de suspeitos da autoria de incêndios florestais detidos pela Directoria do Centro da Polícia Judiciária. Destes, três encontram-se em liberdade, muito embora obrigados a apresentações semanais ou bi-semanais no posto policial da sua residência, enquanto os restantes sete estão em prisão preventiva a aguardar julgamento.
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