Se fosse vivo, faria hoje 108 anos

Américo Ferreira dos Santos faria hoje 108 anos.

Nascido na Ponte da Mucela na casa do cabo da Ponte a 7 de Abril de 1906. Terceiro filho de Anselmo Ferreira dos Santos ( de Friúmes) e de Eduarda da Conceição Rodrigues ( do Caneiro) sendo o filho mais velho.

Emigrou para Belém do Pará com 12 anos em 1918 no fim da 1ª Guerra Mundial com carta de chamada mandada por seu pai. Começou como todos os da região começaram, por ser empregado numa vacaria de uns portugueses da zona de Aveiro. Com muito trabalho e poupança conseguiu juntar uns " cobres" e aos 14 anos já era patrão, tendo adquirido 6 vacas e uma freguesia razoável.

Com a vida a correr, mandou ir mais tarde os seus irmãos Álvaro e Albino que tambem fizeram vida em Belem do Pará. Foi membro e vice presidente da Benificente do Pará. Mais tarde deixou a vida das vacarias e estabeleceu-se no ramo das mercearias.

Em 1932 numa viagem a Portugal resolve casar com Piedade da Conceição ( da Vinha) da Moura Morta nascendo o 1º filho Leonel em 17 de Novembro de 1933. Em 1935 volta a Portugal onde em 18 Julho 1936 nasce o 2º filho, Albino.

No fim da 2ª Guerra Mundial, já em 1946, regressa em definitivo a Portugal nascendo o 3º filho Álvaro a 15 de Outubro de 1946.

Nesta altura e como promessa, mandou fazer a Capela da Moura Morta que entregou ao Povo na festa em Junho de 1946.

Em 1947 adquire o negocio da Parreirinha na Rua de Brasil em Coimbra, na zona do Calhabé em frente à Vila Marini e junto ao Colégio Sagrado Coração de Jesus ( do prof. Franco). Esta zona foi deitada abaixo já há mais de 40 anos.

Deixando o negocio, passava o tempo entre Coimbra e a Moura Morta. Enviuvou em 1973, tendo vivido na Casa da Vinha com a companhia da Tia Felicidade ate ter ido para o Lar de Poiares onde veio a falecer em 1989.

( Na Parreirinha - Piedade, Albino, Alvaro, Leonel e Felicidade)