terça-feira, novembro 02, 2010

O Nemátodo entrou a matar

O Nemátodo entrou a matar e, na floresta de pinheiro bravo da nossa região, já se observa bem – e a olho nu – a progressão da doença.

“No prazo de oito anos o Nemátodo vai dizimar 89 a 90 por cento do pinhal adulto da nossa zona”.

A praga do Nemátodo vai ter um “impacto grave na paisagem”, e na economia da região.

É previsível que os proprietários rurais, face à morte do pinheiro bravo, comecem a plantar outras árvores de crescimento rápido, como o eucalipto, por exemplo, que já ocupa uma área substancial da mancha florestal das nossas terras ou abandonem definitivamente as suas terras que ficarão à mercê dos "trutas"

Alegando que o problema “é impossível de resolver, mas pode ser atenuado”desafia-se o chefe do executivo camarario a discutir a problemática da doença com os responsáveis governamentais do sector. É estranho que a situação se mantenha como dantes, uma vez que houve “muitos milhões de euros que o governo deu para resolver este problema”. Será que Poiares não se candidatou a esses milhões? Pelo menos não se viu nada ainda nas zonas onde ha pinhal, ou candidatou-se a viaturas e material para atacar os fogos florestais?

Houve zonas deste País onde aviões e helicopteros andaram a pulverizar com êxito os pinhais essencialmente a sul do Tejo.

Por ca nada se viu ou que se saiba, os nossos autarcas nem quiseram saber disso.

Na nossa floresta vai acontecer o que aconteceu ha uns 250 anos com o desaparecimento dos castanheiros, dos carvalhos, dos lodãos e de outra folhosas, tendo-se massificado a cultura de pinhal. Desaparecendo estes, so a solução da eucaliptização ou um trabalho serio dos nossos autarcas em queres fazer salvar a nossa floresta actual.

Não havendo um trabalho serio, havera a perda dentro de 10 anos da floresta beirã e aparecerão as pragas das mimosas e das australias.

Parece que nem as Câmaras nem as ZIFs estão muito preocupadas com o nematodo mas quando aparecerem os fogos vão dizer que os proprietarios é que deviam roçar os matos.

Para o país será muito mais penalizante o problema do nematodo do que esta guerra do orçamento.

Etiquetas: