Grande preocupação nos pinhais.
Associações florestais preocupadas com a doença do pinheiro
O nemátodo do pinheiro (que ataca os pinheiros bravos) já foi detectado nas freguesias de Sarzedo (Arganil) e Lousã, por isso urge travar a invasão da doença. Caso contrário, parte da economia destes concelhos pode estar em causa.
A Associação de Produtores Florestais do Concelho de Arganil (APFCA) vai hoje, junto da Direcção Geral dos Recursos Florestais (DGRF), saber quais as consequências da situação que, segundo Rui Dinis, «trará, de certeza, consequências a médio e longo prazo, dependendo da mancha florestal afectada». O presidente da APFCA, que não foi ainda oficialmente informado da presença da praga, diz que a situação é grave e até já tinha sido detectada pela associação há alguns meses. «Alguns proprietários florestais queixaram-se de que os pinheiros estavam a secar sem explicação, por isso pedimos pareceres técnicos ao Instituto Nacional de Recursos Biológicos e estávamos já para dar conhecimento aos produtores», conta, manifestando-se algo surpreendido com a nota emitida sexta-feira pelo Ministério da Agricultura, tendo em conta que a associação, e apesar de já ter dado o alerta, «não foi ouvida pelas estruturas nacionais e locais da DGRF».
Exigem-se medidas
A preocupação da APFCA surge pela existência da doença, que tem necessariamente de ser erradicada, mas também pelas dificuldades com que se vai deparar aquando do abate e destruição das árvores, a única medida (correctiva) conhecida para travar a praga.A seca de alguns pinheiros já tinha sido detectada na Moura Morta e alguns madeireiros já tinham adquirido alguns secos para fazer lenha, só que não limparam os ramos secos.
É que, segundo Rui Dinis, em Arganil e tambem na Moura Morta predomina a propriedade de minifúndio, pelo que, dependendo da extensão da área afectada, poderão estar em causa «muitos proprietários florestais». A mesma preocupação revela Augusto Simões, da Aflopinhal, Associação Florestal do Pinhal, Lousã, que afirma mesmo que a floresta no concelho é constituída pela «pequeníssima propriedade», o que «dificultará qualquer medida que se possa vir a tomar».
Classificando a situação de «muito preocupante», que «pode levar ao desaparecimento da floresta», Augusto Simões, que também não teve ainda conhecimento oficial da presença da doença no concelho, entende que «têm de ser tomadas medidas governamentais que permitam alguma intervenção».
1 Comments:
E então no concelho de Poiares não ha problemas?
Será que por cá só ha o bicho das palmeiras?
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