Os trabalhos do linho
"Os trabalhos do linho (que assumiam particular importância nas freguesias de Pombeiro da Beira e S. Martinho da Cortiça) eram, desde a sementeira à confecção final do vestuário, uma das poucas actividades económicas exclusivamente femininas. Entrar no mundo do linho era entrar no reino branco das mulheres. As transmutações quase alquímicas porque a planta passava até adquirir o estatuto definitivo de "tecido fino" associavam-se inevitavelmente a uma simbologia de pureza; e as mulheres eram as guardiãs desse segredo. Saberemos nós construir os alicerces desses dias futuros sobre as raízes sãs dos dias passados?
As próximas gerações comerão o pão que nós amassarmos. (Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor) Pombeiro da Beira Vestígios arqueológicos conferem na sua origem raízes romanas, certamente relacionadas com a exploração mineira da região. Alguns historiadores indicam que Pombeiro é fundação de povos «columbus», ou «columbinus», ou «columbarius», isto é, exploradores de minas de estanho e chumbo.
Pombeiro fez parte do senhorio de Arganil até 3 de Fevereiro de 1355, data em que foi trocado entre o monarca e Martim Lourenço da Cunha por terras de Torres do Bairro e Vilarinho de Apar, do distrito de Aveiro. Seu filho João Lourenço da Cunha sucedeu-lhe na posse do senhorio e foi o primeiro marido de D. Leonor de Teles. A nona senhora de Pombeiro, D. Maria de Briteiros da Cunha casou em segundas núpcias com D. António de Castelo Branco. D. Manuel I concedeu-lhe carta de foral em 10 de Novembro de 1513,o qual foi renovado por D. João III, passando a ser vila e sede de concelho. A 6 de Abril de 1662, D. Pedro de Castelo Branco da Cunha, neto da nona senhora de Pombeiro, foi nomeado conde da terra. Este condado foi unido mais tarde ao marquezado de Belas. As suas armas eram em campo azul, um leão, de ouro, rompente, armado de púrpura e o seu timbre o mesmo leão das armas. Na Igreja Matriz, inaugurada na noite de Natal de 1622, fica o túmulo de sétimo senhor de Pombeiro, Mateus da Cunha. Em 1663, o Cónego da Sé de Coimbra, Tomé Nunes, no lugar da Póvoa da Judia (actual Póvoa da Rainha Santa), mandou edificar uma capela, com a forma octogonal, destinada a servir-lhe de sepultura e que colocou sob a invocação da Rainha Santa Isabel, sendo as pinturas que actualmente adornam o retábulo da autoria da segunda Viscondessa de Sanchas Frias. Era natural de Pombeiro o visconde de Sanchas Frias que, no século passado escreveu um interessante estudo sobre a história local. Em 1885 é extinto o concelho de Pombeiro e passa a fazer parte, como freguesia, do concelho de Arganil. Pelo Decreto Nº. 38.875, de 26 de Agosto de 1952, a povoação e freguesia de Pombeiro passou-se a denominar Pombeiro da Beira e a povoação de Vilarinho, desta freguesia, passou a denominar-se Vilarinho do Alva. S. Martinho da Cortiça Pero Salgado, tesoureiro do rei D. Dinis fez iniciar, em 1298, a construção da ponte que unia as duas margens do rio Alva no lugar da Ponte da Mucela. Por volta de 1500 passou a ser senhor da Sanguinheda, onde instituiu um morgadio (incluindo também a Carapinha), Simão da Cunha, terceiro filho do quinto donatário de Pombeiro. Por testamento datado de 27 de Outubro de 1535 deixou em legado estes terrenos à sua irmã, D. Inês da Cunha. Embora continuando-se o senhorio nos condes de Pombeiro, o domínio passou para os senhores de Melo. No início do século XVII, a freguesia conjuntamente com a Carapinha foi constituída em curato, mas a casa da Câmara situava-se na Sanguinheda e era aí que tinham assento os magistrados. Aquando das lutas liberais, logo depois do incidente regional conhecido pelo nome de «queima da pólvora», a povoação da Cortiça foi incendiada. Pertenceu ao concelho de Farinha Podre até 31 de Dezembro de 1853, passando então para o de Tábua. Passou a fazer parte do concelho de Arganil a partir de 24 de Outubro de 1855, englobando nessa altura a freguesia de Paradela, a qual foi anexada ao concelho de Tábua em 1895 e depois ao de Penacova em 1898."
As próximas gerações comerão o pão que nós amassarmos. (Dr. Paulo Ramalho, Tempos Difíceis - Tradição e Mudança na Serra do Açor) Pombeiro da Beira Vestígios arqueológicos conferem na sua origem raízes romanas, certamente relacionadas com a exploração mineira da região. Alguns historiadores indicam que Pombeiro é fundação de povos «columbus», ou «columbinus», ou «columbarius», isto é, exploradores de minas de estanho e chumbo.
Pombeiro fez parte do senhorio de Arganil até 3 de Fevereiro de 1355, data em que foi trocado entre o monarca e Martim Lourenço da Cunha por terras de Torres do Bairro e Vilarinho de Apar, do distrito de Aveiro. Seu filho João Lourenço da Cunha sucedeu-lhe na posse do senhorio e foi o primeiro marido de D. Leonor de Teles. A nona senhora de Pombeiro, D. Maria de Briteiros da Cunha casou em segundas núpcias com D. António de Castelo Branco. D. Manuel I concedeu-lhe carta de foral em 10 de Novembro de 1513,o qual foi renovado por D. João III, passando a ser vila e sede de concelho. A 6 de Abril de 1662, D. Pedro de Castelo Branco da Cunha, neto da nona senhora de Pombeiro, foi nomeado conde da terra. Este condado foi unido mais tarde ao marquezado de Belas. As suas armas eram em campo azul, um leão, de ouro, rompente, armado de púrpura e o seu timbre o mesmo leão das armas. Na Igreja Matriz, inaugurada na noite de Natal de 1622, fica o túmulo de sétimo senhor de Pombeiro, Mateus da Cunha. Em 1663, o Cónego da Sé de Coimbra, Tomé Nunes, no lugar da Póvoa da Judia (actual Póvoa da Rainha Santa), mandou edificar uma capela, com a forma octogonal, destinada a servir-lhe de sepultura e que colocou sob a invocação da Rainha Santa Isabel, sendo as pinturas que actualmente adornam o retábulo da autoria da segunda Viscondessa de Sanchas Frias. Era natural de Pombeiro o visconde de Sanchas Frias que, no século passado escreveu um interessante estudo sobre a história local. Em 1885 é extinto o concelho de Pombeiro e passa a fazer parte, como freguesia, do concelho de Arganil. Pelo Decreto Nº. 38.875, de 26 de Agosto de 1952, a povoação e freguesia de Pombeiro passou-se a denominar Pombeiro da Beira e a povoação de Vilarinho, desta freguesia, passou a denominar-se Vilarinho do Alva. S. Martinho da Cortiça Pero Salgado, tesoureiro do rei D. Dinis fez iniciar, em 1298, a construção da ponte que unia as duas margens do rio Alva no lugar da Ponte da Mucela. Por volta de 1500 passou a ser senhor da Sanguinheda, onde instituiu um morgadio (incluindo também a Carapinha), Simão da Cunha, terceiro filho do quinto donatário de Pombeiro. Por testamento datado de 27 de Outubro de 1535 deixou em legado estes terrenos à sua irmã, D. Inês da Cunha. Embora continuando-se o senhorio nos condes de Pombeiro, o domínio passou para os senhores de Melo. No início do século XVII, a freguesia conjuntamente com a Carapinha foi constituída em curato, mas a casa da Câmara situava-se na Sanguinheda e era aí que tinham assento os magistrados. Aquando das lutas liberais, logo depois do incidente regional conhecido pelo nome de «queima da pólvora», a povoação da Cortiça foi incendiada. Pertenceu ao concelho de Farinha Podre até 31 de Dezembro de 1853, passando então para o de Tábua. Passou a fazer parte do concelho de Arganil a partir de 24 de Outubro de 1855, englobando nessa altura a freguesia de Paradela, a qual foi anexada ao concelho de Tábua em 1895 e depois ao de Penacova em 1898."
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