Antigamente
A Moura Morta era mais povoada, quase como todas as aldeias da beira …
Nessa altura o rio tinha peixe em abundância, era normal pescar-se com rede, anzuleiras, peixe ao buraco ou até mesmo à cana (menos usual).
Como não haviam barragens para regularização do caudal, no verão havia seca o que levava os moleiros a moer por presada, isto é, terem que juntar água para poder moer. Havia na zona as moendas da Costa Alta, do Caneiro, do Vale das Fontes, do Torrozelo e da Marinheira na Ponte e as do Cardal. Era uma fartura. Estando dependentes da quantidade de água que conseguissem armazenar para mover as mós para fazerem farinha; de Inverno as cheias obrigavam os moleiros a dirigirem-se aos moinhos de ribeiro que os havia na ribeira de Sabouga. Ainda hoje existem os esqueletos dos moinhos do Ti Bernardo e do Ti Zé do Caneiro ao Pontão Novo.Por vezes lá subiam aos moinhos de vento no cimo das Serras, no nosso caso Serra da Atalhada onde ainda hoje existem, agora destinados ao turismo rural, de Verão não se dirigiam para os moinhos de vento pois no verão os ventos são muito fracos.
No Inverno os Caudais era muito grandes o que trazia muitos sedimentos que ficavam depositados nos terrenos adjacentes ao rio (as ínsuas), depois no fim do Inverno essas areias eram lançadas ao rio para se poderem voltar a semear os terrenos, Nessa altura também se faziam a reparação dos marachões e eram verificadas as burras de suporte das ínsuas, para perceber se estas não tinham sido danificadas. Também eram feitos caneiros para instalação das rodas e das noras, assim eram criados terrenos de regadio (mais férteis).
Nessa altura as matas e os pinhais estavam tudo limpo, porque os fornos da cal, os animais e os caneiros da roda precisavam de mato; os fornos da cal para queimar, os animais para comer e para lhes servir de cama e os caneiros onde o mato era colocado sobre as burras e á posteriori eram aterrados. Depois o mato era transportado e colocado nos terrenos para servir de fertilizante; quando ainda nem se pensava em adubos.
Também a preservação dos pinhais era importante, pois daí advinha alguma contrapartida financeira com a venda das bicas de resina. Também a fábrica de resina dos Portugais no Vale de Matouco gastava madeira e mato como material de queima. Como não haviam tractores nem máquinas, era quase tudo feito á força de braços e com a ajuda dos Bois, na Moura Morta quase todas as casas tinham uma junta de bois.
Eram portanto também eles que acarretavam toda a azeitona para o lagar ( lagar da Ribeira de Sabouga do Dr. Juiz) e o da Marinheira na Ponte e carregavam o azeite após estar pronto, nesses Invernos rigorosos e chuvosos em que se levantavam muito cedo.
Eram portanto também eles que acarretavam toda a azeitona para o lagar ( lagar da Ribeira de Sabouga do Dr. Juiz) e o da Marinheira na Ponte e carregavam o azeite após estar pronto, nesses Invernos rigorosos e chuvosos em que se levantavam muito cedo.
Existia trabalho em abundância mas que era mal pago o que levou as pessoas a tentar a sua sorte pelas grandes cidades e mesmo emigrar, muitos Mouramortinos partiram em busca de uma nova vida. O que os levou até à Coimbra, Lisboa, Torres Vedras, Porto, Brasil, França, Estados Unidos, Angola,Luxemburgo, Suiça…
Depois quem foi ficando foi trabalhando na agricultura mas quase sempre para consumo, pois ao longo do tempo foi difícil.
O Rio passou a dar areia para construção das casas que até então eram construídas com barro, também as árvores das zonas limites do rio eram aproveitadas para lenha ou para fazer paus para as videiras.
Depois quem foi ficando foi trabalhando na agricultura mas quase sempre para consumo, pois ao longo do tempo foi difícil.
O Rio passou a dar areia para construção das casas que até então eram construídas com barro, também as árvores das zonas limites do rio eram aproveitadas para lenha ou para fazer paus para as videiras.
Etiquetas: Moura Morta
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