sexta-feira, novembro 13, 2009

Lavegadas pretende recuperar o seu “ Bilhete de Identidade como freguesia

A exemplo de outras pequenas freguesias do Distrito de Coimbra as Lavegadas gostavam de recuperar o seu Bilhete de Identidade.
A recuperação de um Moinho de Ribeiro, um Moinho de Vento, um Forno de Cal, um Lagar de Azeite, uma Roda de tirar Água, um Barco de travessia de Rio, uma Moenda de rio, uma Eira e um Alambique de Aguardente seriam elementos da sua identidade que não é muito distante.
Nos anos 60 e 70 estas coisas existiam e chegaram a ter uma importância fundamental na economia local.
É nossa obrigação manter essa vivência, em memoria dos nossos antepassados, que trabalharam de sol a sol para fazerem de nós aquilo que somos.
Um projecto desses que passasse também pela criação de um núcleo museológico, percursos pedestres e outras estruturas que iriam contribuir para manter viva a identidade da freguesia.
A recuperação dos antigos pontões e travessias, bem como a recuperação dos caminhos e estradas antigas que ligavam as aldeias.
Bastante interessantes eram as estradas ( sem carros ) que ligavam a Moura Morta a Vilarinho, a Moura Morta à Ponte de Mucela através da Ribeira de Sabouga com dois percursos ( quando a ribeira ia cheia ia-se pelo pontão velho, no verão descia-se ao munho da ribeira pelo morouço e subia-se ao caralhaz para os barros vermelhos ), a Moura Morta à Igreja Nova pela estrada do Padre, a Moura Morta a Mucela pelo Legrassol, a Igreja Nova a Sabouga passando pelo Vale da Pena e Cabeça do Pardo, a de Sabouga a Vilarinho , á Murganheira e Alveite pela serra fora, a de Mucela ao Barreiro e à Ponte de Mucela. Todas estas estradas apeteciveis e que foram calcorreadas por antigas gerações.
Há que reunir esforços e tomar conhecimento de que o projecto que se possa idealizar poderia ser contemplado por fundos comunitários, candidatando-se ao Programa Agris , DREBL e conseguir outros Apoios através da ADIP e da própria Câmara.
Na freguesia não existem monumentos históricos, castelos, mosteiros, mas o nosso Bilhete de Identidade e os nossos monumentos são os moinhos de ribeiro, as moendas, os lagares e os fornos de cal, que se perderam. Por isso, a necessidade de nos organizarmos para manter a nossa identidade histórica, social e cultural.
Ao preocupar-mo-nos com os moinhos «estamos também a tratar a água e associado vem toda a fauna e flora do nosso rio e das nossas ribeiras. Um moinho em termos ecológicos «é um agente despoluidor, e o rodízio tem um papel importante na oxigenação da água», ou seja, «um moinho é uma verdadeira Etar, coisa que ainda não existe no concelho. A recuperação daqueles espaços «é também importante do pondo de vista turístico», se forem dotados de estruturas básicas para a prática de turismo rural de habitação, ou pelo menos para o desenvolvimento da gastronomia local, permitindo que os mais jovens e não só, possam assistir a todo o percurso até à feitura da broa. Depois de fazerem “ressuscitar” a arte de construção dos moinhos, com a colaboração de carpinteiros da zona que ainda se recordam e sabem como fazer os moinhos de agua e de vento, de rodízio, azenha ou canhota, fica concluído um autêntico museu vivo ainda com uma eira tradicional e forno.

Nota: Como sugestão, porque não fazer um forno da broa ao lado da churrasqueira na Moura Morta?

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Boa ideia essa do forno da broa. Ao menos quando se faz uma festa no convivio poderia cozer-se a broa para o pessoal todo.
So falta saber quem vai à lenha.
Estamos convencidos que aparece sempre gente.
Se ha dinheiros espalhados, porque não aproveita-los e aplica-los ja num forno comunitario num terreno que se considera tambem do povo?

08:37:00  
Anonymous Anónimo said...

E uma adega tipica

15:59:00  
Blogger Bite said...

Será que esses projectos serão bem aproveitados?!
Logicamente que seria bom que isso acontecesse, a Junta tem pessoas capazes para tal, e que já em tempos candidataram-se a financiamentos para coisas idênticas, mas que nunca foram aplicadas no terreno.
E por causa de quem?! Do maioral....
A ver se começasse a utilizar os dinheiros para realmente fazer as coisas.
Lavegadas tem bastante a ganhar com isso, mas o resto do concelho também!
Força e boa sorte

23:52:00  
Anonymous Anónimo said...

Com respeito ao lagar de azeite ainda ha o Ze LEITAO epena que o TIO ABEL LOPES ja nao possa para enssinar os mais novos como se faziam as rodas os rodizios ecomo se afinavam.

19:44:00  

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