O Alva será apenas um Rio?

. . . Mas quem procura o rio Alva para a prática da pesca desportiva desde alguns anos, reconhece que o Alva despertou, está diferente e proporciona ao pescador desportivo espaços viciantes que o fazem voltar mais vezes do que seria esperado.

Espécie piscícola de nobre figura e inteligente, a truta de Fário, ressurgiu com força abaixo da Barragem das Fronhas após programa técnico governamental que, aliás, obteve resultados satisfatórios. A barragem permite a jusante, até uma distância aproximada de 10 km, qualidade de água invulgar, termicamente adequada para criar um habitat perfeito para a truta.
As características especiais do seu leito rochoso do rio Alva, os seus poços naturais, o nível de caudal constante, alimentação abundante, propiciam que esta espécie usufrua de uma qualidade de vida e repovoamento natural intenso, que os pescadores desportivos mais observadores, atentos à morfologia da espécie e a este tipo de lugares se interroguem permanentemente sobre certas questões e alguns factos difíceis de acreditar. Resulta de tudo isto que o Rio Alva classifica-se como um rio de primeira categoria entre muitos da Europa, dócil para a aprendizagem, exigente de uma tenacidade por parte do pescador desportivo e com alta capacidade de acolher eventos desportivos de gabarito Internacional. Que a sua população humana ribeirinha não deixe destruir este património natural com mais valias inquestionáveis.

Quem não gosta de observar do Coreto mirante da Moura Morta uma truta saltando fora de água abocando um insecto alado, desafiando um tal pescador recortando os verdes do rio Alva com a linha da sua cana de pesca à mosca. Todos colhem dele!

Tratemos bem este rio que de belo muito tem, mas que nunca conseguiu chegar ao mar.

Publicado em 01-02-2007