Please, no more football!
Pobres ingleses. Não é justo. Podiam ganhar à gente de vez em quando, nem que tivéssemos de fazer um esforço para isso acontecer. É que é cruel estarmos sempre a pregar a mesma partida dos penáltis aos rapazes, sabendo que eles vão cair na cilada de ficarem cheios de esperanças, só para ser mais docinho quando o eterno coveiro-mor deles, o grande Ricardo, lhes dá com a pazada final.
Por outro lado, eles também podiam aprender e, quando chegasse a altura do jogo, optar por um método mais digno de perder, como a falta de comparência. Seria ou não seria mais bonito para eles desistir logo à partida e, em vez de mandar bocas, mandar flores? Porque não? Porquê deixar sempre chegar as coisas ao ponto em que Portugal é obrigado a eliminar a Inglaterra através do futebol?
Sempre que a Inglaterra perde com Portugal – ou seja, sempre que joga connosco –, arranja sempre maneira de culpar toda a gente menos os jogadores. O desgraçado do treinador leva muito mais do que merece e, quando se trata de Sven-Goran Eriksson, é a dobrar. Depois, para disfarçar, arranjam também um culpado novinho em folha. Desta vez foi o fantástico Cristiano Ronaldo. O crime do jogador português foi não ter sido solidário com Rooney quando este deu um pontapé nos tomates de Ricardo Carvalho. E de ter piscado o olho. E de ter feito boquinha de beijoca depois de marcar o penálti que venceu o jogo. E, falta acrescentar, o crime de não jogar do lado da Inglaterra e o crime de existir.
A frase que dizem sempre nestas miseráveis ocasiões, para se consolarem, quando se autoflagelam por tudo e mais alguma coisa, é “We have the players”. Quando é que se convencerão de que não, não têm? Que Eriksson é um óptimo treinador e que a culpa é inteiramente dos jogadores?
É que os ingleses só jogam bem uns contra os outros. Na Premier League, a falta de jeito dos rapazes é ocasionalmente revelada pelo jeitinho que dão os estrangeiros que contratam – seja para jogar ou treinar –, mas, como são tantos ingleses ao molho, até dá a sensação de que não jogam mal. Mas jogam. Esforçam-se muito, é verdade. Mas isso apenas torna tudo mais patético.
Os dois metatansos ingleses mais famosos – Beckham e Rooney – tornaram-se, durante o jogo com Portugal, em autênticos metaparvos. Que quadros desoladores! A Béquinhas a assistir, chorosa e de pezinho descalço, parecia balbuciar: “Foi aquele senhor português mau que me fez o dói-dói!” O outro metatanso, o macacão Rooney (que, durante o Euro'2004, mandou a capitoa Béquinhas àquela parte que rima com Ivanov), amua e dá pontapés, porque não consegue jogar como quer.
Depois deste jogo, a Inglaterra tem de pensar seriamente em abandonar o futebol. Pelo menos o internacional – em casa poderiam continuar a jogar, discretamente, caso não conseguissem passar sem umas jogatanas. Mas darem outra vez estas barracas nos Euros e no Mundial? Não. Não vale a pena sujeitarem-se vezes seguidas a estes vexames.
Desta forma, os ingleses poderiam concentrar-se nos outros jogos que inventaram, para os quais têm mais jeitinho, como o críquete, o râguebi, o andebol, o hóquei em campo e o fabuloso “netball”. Aqui fica a sugestão, com toda a seriedade.
Que este tenha sido o último Portugal-Inglaterra, é o desejo amigo deste velho aliado!
P.S. Quanto à aziaga França e aos malandros dos manos brasileiros que a deixaram passar, ficam para amanhã, para não estragar a festa. In O Jogo, nº 131/22 Dom, e Jul 2006
2 Comments:
Eles estavam brutos, mas os irmãos brasileiros tambem não foram muito longe.
Já ha pretos de mais na equipa.
Assim não dá.
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