Os caminhos de Fatima
Ir a pé a Fátima; 3º dia de viagem
Diamantino Andrade descreveu assim a sua passagem pelo Ramal da Moura Morta
Não tínhamos marcado a dormida, porque não sabíamos quantos kms. iríamos percorrer no segundo dia de viagem. Assim ao crepúsculo do segundo dia fizemos telefonemas para alojamentos, a perguntarmos o preço e as condições. Por fim lá fomos dormir em Oliveira do Hospital.
Perto das 6 horas da manhã iniciámos a caminhada. A primeira etapa foi até Vendas de Galizes, onde tomámos o pequeno almoço. A curiosidade leva-me à aldeia de Lourosa, onde uma senhora me mostra a antiga igreja, um dos raros templos pré-românicos existentes no país, importante pelo seu valor histórico e arqueológico. Uma lápide que se encontra sobre a porta principal, ostenta a data da fundação: "Era de 950". O interior é de três naves, assentes sobre colunas de estilo romano. Está dedicada a S. Pedro. A pia baptismal está gravada na rocha e no exterior do templo, encontram-se várias sepulturas, algumas antropomórficas. Ao lado da igreja ergue-se o campanário. A senhora fala-me no projecto de um museu para preservar muitas imagens, lanternas e paramentos da antiga mesquita. Leio o entusiasmo nos seus olhos e incentivo-a a ir em frente com a ideia. Digo-lhe que escreva ao IPPAA e à Câmara. Sabe diz ela os políticos prometeram, mas é difícil fazerem qualquer coisa. Não desista. Senão obtiver resposta à primeira carta, escreva outra.
Calcorreámos Vendas do Porco, Espariz, Vendas da Serra e Moita da Serra. Ali almoçámos na companhia do nosso orientador do percurso, que sempre preocupado com a nossa viagem, nos vai ensinar de carro os atalhos que de tarde vamos percorrer e que nos irão poupar bastante caminhada, até ao alto de S.Pedro, Já mais confiantes, pomo-nos a caminho, com a certeza da dormida e do jantar já reservados.
Avançamos até à Catraia dos Poços, onde nos refrescamos no café. Depois de S. Martinho da Cortiça , no sítio onde estão umas alminhas brancas, virámos à direita para um atalho de terra batida . Estava um Sol de rachar. Paramos para descansar. Depois da Sobreira, dois homens que andavam a reconstruir um muro dão-nos água. Aqui as pessoas já nos encaram como peregrinos e indicam-nos gentilmente o caminho. A seguir apreciamos a Quinta da Carvalha. É bastante antiga e tem umas cavalariças e um grande pátio, que faz lembrar os " ranchos da América". No edifício principal tem umas inscrições e uma Nossa Senhora da Assunção . Do lado poente tem uma capela. Na descida a seguir passamos pela capela de S. António e descemos até à Ponte da Mucela , onde nos refrescamos com bebidas. O descanso deu-nos alento para virar à esquerda pelo ramal da Moura Morta. Cantamos e rezamos a Avé Maria em francês. Estamos exaustos, mas com uma enorme força anímica. Passamos ao lado da aldeia junto à Ribeira de Sabouga e subimos à Igreja Nova onde um pouco à frente encontramos mais umas alminhas, que nos dão a certeza de estarmos no bom caminho da Cova da Iria. Subimos ao ramal de Mucela, vamos num ritmo muito bom e alcançamos o topo da subida, onde se situa a capela de S. Pedro e a albergaria.
Foi um bom dia, mas alguns do grupo, já têm bolhas nos pés, motivadas pelo cansaço e pelo calçado.
Até breve
Diamantino Andrade descreveu assim a sua passagem pelo Ramal da Moura Morta
Não tínhamos marcado a dormida, porque não sabíamos quantos kms. iríamos percorrer no segundo dia de viagem. Assim ao crepúsculo do segundo dia fizemos telefonemas para alojamentos, a perguntarmos o preço e as condições. Por fim lá fomos dormir em Oliveira do Hospital.
Perto das 6 horas da manhã iniciámos a caminhada. A primeira etapa foi até Vendas de Galizes, onde tomámos o pequeno almoço. A curiosidade leva-me à aldeia de Lourosa, onde uma senhora me mostra a antiga igreja, um dos raros templos pré-românicos existentes no país, importante pelo seu valor histórico e arqueológico. Uma lápide que se encontra sobre a porta principal, ostenta a data da fundação: "Era de 950". O interior é de três naves, assentes sobre colunas de estilo romano. Está dedicada a S. Pedro. A pia baptismal está gravada na rocha e no exterior do templo, encontram-se várias sepulturas, algumas antropomórficas. Ao lado da igreja ergue-se o campanário. A senhora fala-me no projecto de um museu para preservar muitas imagens, lanternas e paramentos da antiga mesquita. Leio o entusiasmo nos seus olhos e incentivo-a a ir em frente com a ideia. Digo-lhe que escreva ao IPPAA e à Câmara. Sabe diz ela os políticos prometeram, mas é difícil fazerem qualquer coisa. Não desista. Senão obtiver resposta à primeira carta, escreva outra.
Calcorreámos Vendas do Porco, Espariz, Vendas da Serra e Moita da Serra. Ali almoçámos na companhia do nosso orientador do percurso, que sempre preocupado com a nossa viagem, nos vai ensinar de carro os atalhos que de tarde vamos percorrer e que nos irão poupar bastante caminhada, até ao alto de S.Pedro, Já mais confiantes, pomo-nos a caminho, com a certeza da dormida e do jantar já reservados.
Avançamos até à Catraia dos Poços, onde nos refrescamos no café. Depois de S. Martinho da Cortiça , no sítio onde estão umas alminhas brancas, virámos à direita para um atalho de terra batida . Estava um Sol de rachar. Paramos para descansar. Depois da Sobreira, dois homens que andavam a reconstruir um muro dão-nos água. Aqui as pessoas já nos encaram como peregrinos e indicam-nos gentilmente o caminho. A seguir apreciamos a Quinta da Carvalha. É bastante antiga e tem umas cavalariças e um grande pátio, que faz lembrar os " ranchos da América". No edifício principal tem umas inscrições e uma Nossa Senhora da Assunção . Do lado poente tem uma capela. Na descida a seguir passamos pela capela de S. António e descemos até à Ponte da Mucela , onde nos refrescamos com bebidas. O descanso deu-nos alento para virar à esquerda pelo ramal da Moura Morta. Cantamos e rezamos a Avé Maria em francês. Estamos exaustos, mas com uma enorme força anímica. Passamos ao lado da aldeia junto à Ribeira de Sabouga e subimos à Igreja Nova onde um pouco à frente encontramos mais umas alminhas, que nos dão a certeza de estarmos no bom caminho da Cova da Iria. Subimos ao ramal de Mucela, vamos num ritmo muito bom e alcançamos o topo da subida, onde se situa a capela de S. Pedro e a albergaria.
Foi um bom dia, mas alguns do grupo, já têm bolhas nos pés, motivadas pelo cansaço e pelo calçado.
Até breve
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