A Toponimia - Documentação da Comissão
Uma parte da documentação apresentada pelos Tecnicos da Comissão de Toponimia, onde é chamada a atenção para as ruas mais importantes.
Para que nos arruamentos principais se atribuissem designações mais enriquecedoras, ou seja que se criassem consensos capazes de prestigiar as gentes da Moura Morta.
Isto foi um verdadeiro "cartão vermelho" passado a alguem que decidiu pela Moura Morta.
Em pleno Sec.XXI já é inadmissivel que se mantenha ou que se criem tais designações, de Rua Nova, Rua Principal, Rua de Cima ou Rua de Baixo, nomes que são dados em arruamentos em construção, aguardando pareceres e decisões capazes e estudadas por Comissões de Toponimia.
O não ter ideias é outra coisa e ter más ideias ainda é pior.
Podia haver dificuldades em obter-se consensos ate pelos poucos residentes que presentemente se encontram na Moura Morta e pelas idades avançadas desses residentes que são eleitores na Freguesia. O capital humano de mouramortinos é muito maior do que isso, pois muitos emigraram e sairam da Moura Morta mas continuam com as suas raizes e empenho tão ferveroso como os residentes.
Esses sim, com outros ideais, com outras mentalidades e outros horizontes pela frente, teriam dado um bom contributo para a Toponimia da Moura Morta.
De certeza que deixaria de haver os nomes de Rua Principal, Rua Nova e Rua de Cima que toda a gente sabe quais são e passaria a haver nomes modernos que identificariam coisas ou acontecimentos que todos gostariam que perdurassem na memoria dos vindouros e que fossem reconhecidas e identificadas pelas gentes de fora e pelas identificações de contacto.
Há agora um grande receio que voltem as gentes das Lavegadas a serem considerados os tais de " trás de serra". Os franceses aquando das invasões napoleonicas tambem caracterizaram as gentes das Lavegadas e principalmente da Moura Morta como gente que era dificil de se governar e de ser governada.
Não foi por acaso que a Moura Morta só integrou o Concelho de Poiares em 1898.
É triste mas é verdade, parece que já ninguem nos queria, A luta foi ardua...e agora tambem o está a ser.
Pode ser que após as proximas eleições autarquicas haja uma lufada de ar fresco...
DOCUMENTAÇÃO
4 Comments:
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Não me digas que aqui na Moura Morta a toponimia debruçou-se sobre a graduação da pinga. Então faltará o Vale de Cabeiro e agora o Vale do Legrassol .
Os nomes agora oficializados tinham sido dados antes das Invasões Francesas quando queimaram os olivais do Duarteiro, de Mucela e da Carvalheira.
Nessa altura vieram até à Moura Morta e perguntaram ...oú est la rue principal? e um mourmortino de rija tempera respondeu perto da Barroca respondeu... é por acoli...e assim ficou a chamar-se a Rua Principal. Esse frances que queria ir ver se havia alternatva de fuga foi até à Lomba e perguntou se não seria mais facil atravessar pelo Vale e Esteval...ao que lhe responderam que assim o melhor era fazer uma rue Nova.
E foi o que aconteceu 150 anos depois... agora será a Rua Nova.
Mesmo fazendo o Ramal durante a guerra e acabando-o em 1945 no Fim da 2ª Guerra Mundial ninguem se lembrou de lhe chamar a Estrada ou Rua dos Combatentes Combatentes da Grande Guerra....será por ter sido contra os alemães? ... A Moura Morta até teve por lá combatentes.
Para bem se manter a tradição então podiam-se oficializar os nomes do antigamente como : o "Munho" da Ribeira,a estrada do lagar do Dr Juiz, a Ribeira da Virginia, os Sobreirais do Augusto, a Estrada da Maria Caçoila, a rua da Casa de Miro, a rua da Meda do Ti Angelo, a rua da Vinha do Ti Ze do Caneiro, Barreirinho da Ti Lucinda, a Barroca da Preguiça, a Quelha da Ti Maria Cândida, a Quelha da Ceguita, o entroncamento do Ze Tomaz, o Sitio da Capelinha do Espirito Santo, o Lavadouro da Lingua Comprida, o Chafariz do Ti Eduardo, o largo da Ti Palmira Bruxa, a Quelha do Rato ( Estação dos Correios ), o Largo do Terreiro dos Dias Fora, a Rua que ia la para Cima...para os Padelos,as Buracas e o Ze de Friumes, a Quelha do Ti Manel Guerreiro e do Ti Antonio Grande (lado oeste e lado este), a Lomba do Ti Virgilio e do Ti Soares, a curva do Ti Lucio, o largo da Capela dos Brasileiros, a estrada das Secarias do Dr. Antonino, a rua da Ladeira da Moenda do Julinho, rua do portal do vale Escuro do Ti Augusto de Mucelão.
Com esta toponimia ensinavam-se assim os residentes, os seus descendentes e os vindouros. Isto é que tinha graça, agora estas modernices de Rua Nova, Rua Principal e Rua de Cima não têm graça nenhuma.
Aquilo sim...isso é que era a toponimia cá da gente. É natural que ainda faltem mais alguns lugares ou arruamentos a caracterizar, mas isso poderá ser feito por quem tenha ainda o gosto mais afinado.
Lembram-se da Laika e dos Sputniks ? Quantas noites ficavamos a olhar para o ceu a vê-los passar, que vinham no ceu do lado de Poiares para Vilarinho e nas noites de verão,limpas e escuras ( não havia ainda electricidade) se viam tão bem.Eram mais visiveis que os aviões e não faziam nenhum ruido. E do Gagarine ainda se lembram?...e do 1º Mouramortino que emigrou para o Brasil e do soldado da Moura Morta que andou na 1ª Guerra Mundial e do 1º padre que nasceu na Moura Morta e da 1ªpessoa que se licenciou na Moura Morta?
E quem foram os Regedores da Moura Morta?
Vamos lá actualizar conhecimentos e a não continuar a cometer asneiras.
Tambem ha datas historicas recentes.
A inauguração do ramal e do 1º carro que veio à Moura Morta.
A inauguração da Capela
A inauguração do Chafariz ao Terreiro
A inauguração da luz
A inauguração da agua canalizada.
O alcatroamento do ramal.
Já ninguem se lembra disso pois não?
Então é deixar ficar a Rua Principal,o Ramal,a Estrada Nova, a Rua de Cima, o Cimo da Rua, o Terreiro, a Lomba, a Ladeira do Rio, o Barreirinho , a Vinha, a Meda, o Moroiço, as Quelhas,os Sobreirais, o Pontão e a Ribeira a Estrada das Secarias, a Estrada da Redonda, a Estrada de Vilarinho, a Estrada do Padre, a Estrada de Mucela.
Estas coisas, novos e velhos conhecem bem. É colocar lá umas placas e já está.
É uma pena que a Comissão de Toponimia de Poiares não tenha tido a coragem e a força para explicar às gentes simples das nossas aldeias que eles teriam direito a mais e que mereciam ter coisas que fossem apreciadas por gentes de fora, quer pelos seus descendentes que estão ausentes do quotidiano das suas aldeias.
Como bem se diz, foi uma oportunidade perdida e numa altura em que a Assembleia de Freguesia não tinha gente categorizada para apreciar e discutir estes assuntos. Em mandatos anteriores, isto de certeza que não se teria passado, pois havia gente interessada e que lutou para que a toponimia fosse uma realidade e que sabia o que se devia fazer. Pena foi que na altura tambem o Executivo da Câmara e a Assembleia Municipal fossem de uma matriz de fraca cultura e de interesses duvidosos sobre o que de simples as populações reivindicavam. A toponimia foi um dos casos mais flagrantes bem como o desenvolvimento do turismo rural.
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