Encontro de Gerações
"Coimbra, 17 Out (Lusa) - Pessoas que viveram a sua juventude, nos anos 50 e 60, no então recém-criado Bairro Norton de Matos, em Coimbra, reúnem-se sábado num "Encontro de Gerações", evocando a mística deste local emblemático da cidade.
Baptizado na altura com o nome do Marechal Carmona, o Bairro Norton de Matos (designação adoptada após o 25 de Abril) foi fundado há cerca de meio século, sendo constituído por pequenas vivendas onde "famílias de recursos médios", oriundas de vários pontos da cidade, estabeleceram laços de convívio que agora vão ser recordados no encontro de sábado.
"Havia muita juventude no Bairro Marechal Carmona. Criaram-se laços de amizade muito fortes e, apesar de muitas pessoas se terem deslocado, ficaram sempre as saudades do Bairro Norton de Matos. Ainda hoje as pessoas adoram o Bairro e querem vir cá", disse à agência Lusa Fernando Rafael, presidente da comissão organizadora do evento.
Perto de quatro centenas de pessoas está já inscrita para o "Encontro de Gerações", que começa de manhã no Centro Norton de Matos, colectividade fundada em 1951 com a designação de Centro de Recreio Popular Bairro Marechal Carmona, e se prolonga até ao final do dia.
Rui Pato, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Coimbra, EPE, o antigo secretário de Estado Costa Freire, professores universitários, autarcas, médicos, juízes, entre cidadãos oriundos de vários sectores, e "várias figuras de relevo da vida cultural e social do país" vão estar presentes no evento, adiantou hoje Fernando Rafael à Lusa.
De acordo com Fernando Rafael, são esperadas pessoas que passaram a sua juventude no bairro conimbricence, com idades situadas sensivelmente entre os 50 e os 75 anos, e que são oriundas de vários pontos de Portugal e de países como os EUA, Bélgica, França e Suiça, entre outros.
"Há pessoas que não se vêem há 40 ou 50 anos. O desejo de encontro é grande e as pessoas vêm de propósito de várias partes do mundo", realçou.
Um almoço-convívio numa tenda gigante montada no Centro Norton de Matos, uma acção de rua que ainda é surpresa, o descerramento de uma placa alusiva ao encontro, a apresentação de uma "Canção do Encontro de Gerações" e a evocação de residentes já falecidos são algumas das várias actividades previstas, num programa que culmina com uma festa e um baile.
Ainda hoje conhecido em Coimbra como "O Bairro" - como destacou João Ferreira, outro participante no encontro - o Norton de Matos "acolheu, em maior número, famílias da Alta" da cidade, na sequência das demolições para edificar os imóveis universitários, lê-se em http://cavalinhoselvagem.blogspot.com, blog "das gentes do Bairro Marechal Carmona", denominado com a designação de uma zona importante da zona no século passado (Cavalo Selvagem).
Para este engenheiro, que cresceu e viveu no bairro, este é "o local das primeiras travessuras, das primeiras farras, dos primeiros amores".
"Um sítio que era na altura um arredor da cidade acolheu, praticamente ao mesmo tempo, quatrocentas e tal famílias com uma certa homogeneidade económica e etária, o que levou a uma convivência bastante estreita", recordou hoje o engenheiro, já reformado.
Além de terem ido povoar uma zona nova de Coimbra, os então jovens moradores partilharam também "um sentido de descoberta comum", ao aventurarem-se nas quintas e matas envolventes.
Para o médico Rui Pato - também um antigo "cavalinho", designação dada aos jovens do bairro - a criação por Álvaro Santos ( Apache) daquele blogue serviu como elemento aglutinador, ao cativar para o encontro antigos moradores dispersos por vários pontos do mundo.
Rui Pato, que morou no bairro durante 33 anos e que ali mantém raízes familiares, considera que as condições de relativo isolamento da zona nos anos 50 e 60 deram origem a "um espírito de grupo e a amizades muito cimentadas".
"Não trocava esta zona por mais nenhuma", confessou Fernando Rafael, ao enaltecer a sua multiplicidade em termos de oferta comercial e educativa, as valências culturais, desportivas e recreativas proporcionadas pelo Centro Norton de Matos e o espírito de boa vizinhança que ainda se mantém no bairro.
Por seu turno, João Ferreira observa que esta zona mantém ainda os cafés de bairro e um certo espírito de tertúlia. Contudo, a par com Fernando Rafael, lamenta "um certo desprezo dos poderes públicos" em relação à manutenção do espaço.
"As pessoas sentem que o bairro está um pouco desprezado. As três praças principais estão num estado lastimoso, mas a requalificação vai avançar na Praça dos Açores", adiantou hoje Fernando Rafael."
Para muitos pode parecer estranho a publicação do post do blogue cavalinho Selvagem, mas isso só para os menos atentos; porque o bairro Norton de Matos foi para alguns dos Mouramortinos a sua outra casa, quer enquanto estudantes ou como residência.
Além disso muito nos orgulha que um dos mentores do blogue cavalinho selvagem seja um mouramortino que também ele foi habitante do bairro, o Eng. Álvaro da Vinha. Neste caso a Moura Morta foi a escolhida para a preparação do encontro, isto é, acertar os últimos pormenores.
Baptizado na altura com o nome do Marechal Carmona, o Bairro Norton de Matos (designação adoptada após o 25 de Abril) foi fundado há cerca de meio século, sendo constituído por pequenas vivendas onde "famílias de recursos médios", oriundas de vários pontos da cidade, estabeleceram laços de convívio que agora vão ser recordados no encontro de sábado.
"Havia muita juventude no Bairro Marechal Carmona. Criaram-se laços de amizade muito fortes e, apesar de muitas pessoas se terem deslocado, ficaram sempre as saudades do Bairro Norton de Matos. Ainda hoje as pessoas adoram o Bairro e querem vir cá", disse à agência Lusa Fernando Rafael, presidente da comissão organizadora do evento.
Perto de quatro centenas de pessoas está já inscrita para o "Encontro de Gerações", que começa de manhã no Centro Norton de Matos, colectividade fundada em 1951 com a designação de Centro de Recreio Popular Bairro Marechal Carmona, e se prolonga até ao final do dia.
Rui Pato, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Coimbra, EPE, o antigo secretário de Estado Costa Freire, professores universitários, autarcas, médicos, juízes, entre cidadãos oriundos de vários sectores, e "várias figuras de relevo da vida cultural e social do país" vão estar presentes no evento, adiantou hoje Fernando Rafael à Lusa.
De acordo com Fernando Rafael, são esperadas pessoas que passaram a sua juventude no bairro conimbricence, com idades situadas sensivelmente entre os 50 e os 75 anos, e que são oriundas de vários pontos de Portugal e de países como os EUA, Bélgica, França e Suiça, entre outros.
"Há pessoas que não se vêem há 40 ou 50 anos. O desejo de encontro é grande e as pessoas vêm de propósito de várias partes do mundo", realçou.
Um almoço-convívio numa tenda gigante montada no Centro Norton de Matos, uma acção de rua que ainda é surpresa, o descerramento de uma placa alusiva ao encontro, a apresentação de uma "Canção do Encontro de Gerações" e a evocação de residentes já falecidos são algumas das várias actividades previstas, num programa que culmina com uma festa e um baile.
Ainda hoje conhecido em Coimbra como "O Bairro" - como destacou João Ferreira, outro participante no encontro - o Norton de Matos "acolheu, em maior número, famílias da Alta" da cidade, na sequência das demolições para edificar os imóveis universitários, lê-se em http://cavalinhoselvagem.blogspot.com, blog "das gentes do Bairro Marechal Carmona", denominado com a designação de uma zona importante da zona no século passado (Cavalo Selvagem).
Para este engenheiro, que cresceu e viveu no bairro, este é "o local das primeiras travessuras, das primeiras farras, dos primeiros amores".
"Um sítio que era na altura um arredor da cidade acolheu, praticamente ao mesmo tempo, quatrocentas e tal famílias com uma certa homogeneidade económica e etária, o que levou a uma convivência bastante estreita", recordou hoje o engenheiro, já reformado.
Além de terem ido povoar uma zona nova de Coimbra, os então jovens moradores partilharam também "um sentido de descoberta comum", ao aventurarem-se nas quintas e matas envolventes.
Para o médico Rui Pato - também um antigo "cavalinho", designação dada aos jovens do bairro - a criação por Álvaro Santos ( Apache) daquele blogue serviu como elemento aglutinador, ao cativar para o encontro antigos moradores dispersos por vários pontos do mundo.
Rui Pato, que morou no bairro durante 33 anos e que ali mantém raízes familiares, considera que as condições de relativo isolamento da zona nos anos 50 e 60 deram origem a "um espírito de grupo e a amizades muito cimentadas".
"Não trocava esta zona por mais nenhuma", confessou Fernando Rafael, ao enaltecer a sua multiplicidade em termos de oferta comercial e educativa, as valências culturais, desportivas e recreativas proporcionadas pelo Centro Norton de Matos e o espírito de boa vizinhança que ainda se mantém no bairro.
Por seu turno, João Ferreira observa que esta zona mantém ainda os cafés de bairro e um certo espírito de tertúlia. Contudo, a par com Fernando Rafael, lamenta "um certo desprezo dos poderes públicos" em relação à manutenção do espaço.
"As pessoas sentem que o bairro está um pouco desprezado. As três praças principais estão num estado lastimoso, mas a requalificação vai avançar na Praça dos Açores", adiantou hoje Fernando Rafael."
Para muitos pode parecer estranho a publicação do post do blogue cavalinho Selvagem, mas isso só para os menos atentos; porque o bairro Norton de Matos foi para alguns dos Mouramortinos a sua outra casa, quer enquanto estudantes ou como residência.
Além disso muito nos orgulha que um dos mentores do blogue cavalinho selvagem seja um mouramortino que também ele foi habitante do bairro, o Eng. Álvaro da Vinha. Neste caso a Moura Morta foi a escolhida para a preparação do encontro, isto é, acertar os últimos pormenores.
posted by MM at 1:23:00 da manhã
2 Comments:
Aqui passei uma noite memorável em casa do Engº Álvaro que com a sua mulher me receberam com toda a fidalguia.
A mim e a mais três companheiros, todos eles contemporâneos de Coimbra onde estudaram e viveram.
E conheci a bela aldeia da Moura Morta fazendo um passeio de madrugada pelas suas silenciosas ruas e no dia seguinte com o sol a pino para admirar o verdejante desta terra milenar.
Quero lá voltar!
Rui Felício
Feliz encontro onde prevaleça a alegria e amizade, pese, embora, o facto de aparecerem alguns laivos de tristeza por aqueles que já partiram. Um grande abraço.
Rui Ferreira Natia.
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