terça-feira, junho 30, 2009

SOMOS PORTUGUESES.. Esta está fantástica!!!!

Um emigrante de Angola chega a Portugal – Lisboa! No seu primeiro dia, decide sair a ver os arredores da sua nova cidade.
Andando rua abaixo em Lisboa, pára a primeira pessoa que vê e diz:
Obrigado senhor Português por permitir-me estar em este país onde me deram casa e comida grátis, seguro, médico e educação grátis, obrigado.
A pessoa sorri e reponde: '... Sinto muito mas eu sou ucraniano! '
O Angolano continua rua abaixo e encontra a outro que caminhava na sua direcção e diz: Senhor português, obrigado por este país tão belo que é Portugal.
A Pessoa responde: Sinto muito mas eu não sou português sou brasileiro.
O Angolano continua o seu caminho pára a seguinte Pessoa que vê na rua cumprimenta-o e diz: Obrigado por este país tão belo que é Portugal.
A Pessoa após o cumprimentar diz: Muito bem mas eu não sou português sou Marroquino.
O Angolano continua o seu caminho e finalmente vê uma senhora morena e mais ou menos bem vestida que vem a seu encontro e pergunta: Você é Portuguesa?
A mulher sorri e diz: Não, sou cigana e sou romena.
Estranho e confuso o angolano pergunta: Mas onde estão os portugueses?
A cigana olha-o de cima abaixo e reponde: Espero que a trabalhar para nos sustentar.

Sondagens ou Camapanha Eleitoral

Durante a passada semana algumas pessoas da nossa freguesia e do Concelho foram abordadas telefonicamente para uma "entrevista telefónica" acerca do Concelho de Vila Nova de Poiares, segundo consegui apurar as perguntas eram acerca dos seguintes temas:
  • Saneamento
  • Água
  • Fluviário
  • Campo de Golfe
  • Campo de Aviação
  • Piscinas da Fraga
  • Estádio Municipal
  • Pavilhão Multiusos
  • Pousada Serra São Pedro
  • Zona Industrial
  • Trabalho desenvolvido pelo Actual Presidente da Junta e se votaria nele novamente
  • Em quem votaria no confronto Jaime Soares vs Pires ou no confronto Jaime Soares vs Marino
Pelas pessoas com quem falei (Elsa da Moura Morta, Joaquim de Sabouga, Luís Gonçalves de São Miguel), foram unânimes ao afirmar que se tratava de uma sondagem encomendada pela Câmara Municipal!

Esta sondagem só pode ter sido encomendada ou pela Câmara Municipal ou pelo PSD, mesmo sendo ambas suportadas pelos contribuintes, espero que tenha sido pelo PSD pois acho que em tempo de crises os Municipios não se devem dar a estes "luxos" além do mais todos sabemos que estes serviços tem um preço bastante elevado.

Se respondeu à entrevista diga-nos que sobre que outros assuntos foi abordado.

segunda-feira, junho 29, 2009

O PALHEIRO

PalheiroNão é mais do que um depósito de palha, normalmente situado por cima dos currais dos animais com abertura directa para a manjedoura normalmente dos bois. Desse palheiro ia sendo retirada alguma palha que era usada para alimentar os animais, forrar o ninho do porco, a loja das vacas e para encher os colchões das camas.

Depois de ceifado, geralmente em Julho, o centeio, o trigo e a Aveia era deixado nos campos em pequenas medas, medoixas ou moreiras, até que estivesse seca e fosse possível transportá-lo no carro de bois para os Palheiros o carro de bois apareceu inicialmente com eixo de pau e à posteriori foi posta em circulação um novo modelo já com eixo de ferro.

No caso da palha de milho (ponta, bandeira ou canas de milho) que depois de apanhada é estendida a secar em chão inclinado com a ponta para baixo e o troço para cima, pois se chovesse a palha não ficasse encharcado: a folha do milho era apanhada e colocada em pequenos molhos (maranhos), os quais ficavam pendurados no milheiro até secarem. Na laje, estendia-se o centeio, o trigo e a aveia ao sol até no dia da malha, geralmente organizada no final de Julho ou no início de Agosto e reunindo boa parte da família, vizinhos e amigos. A malha consistia em separar o grão da espiga para que mais tarde fosse possível moer o grão. Antigamente esta operação implicava o uso de varas compridas (quase do tamanho da eira), que mais tarde foi substituído pela malhadeira mecânica.
Cada participante na malha assumia uma função específica:

  • As pessoas que apanhavam a palha com um ancinho de dentes de pau e usavam-no para fazer os molhos da palha que eram atados em faxas e levados para palheiro.
  • O dono da malhadeira ficava encarregue de introduzir a palha de deitar o vinho ao pessoal.
  • As outras pessoas ajudavam carregando a palha e o grão.

Apesar da malha ser feita em pleno Verão, todos os participantes usavam roupa de manga comprida porque as praganas (arestas de palha) arranhavam os braços. Só então o grão era moído e transformado em farinha. O grão de milho era depois deixado a secar durante vários dias. Depois era levado em sacas para as arcas. Durante o ano era moído e mais tarde misturado com farinha de centeio para fazer o pão. Por vezes, a farinha era usada sem mistura para ser feita a broa de milho.

“À Valente CARMINA que até o PALHEIRO abana”

domingo, junho 28, 2009

Festa São Pedro

A Comissão Fabriqueira da Igreja de Lavegadas é a entidade organizadora da Festa do São Pedro e nesse sentido providenciou para o São Pedro duas Missas, uma no Domingo (hoje), para que os fiéis que no dia 29 de Junho trabalham pudessem prestar a sua devoção e a sua fé mas também existirá missa amanhã no São Pedro.

O momento em que a procissão regressa à Capela depois de ter dado a sua tradicional volta.

Os arranjos dos andores com os cravos estavam muito bonitos.

A Comissão organizou uma quermesse na foto podem-se ser alguns dos elementos da comissão, a Anabela do Barreiro, a mulher do Sr. Quim de Sabouga e a D. Isabel de Mucela.

Embora o dia estivesse muito chuvoso, como se pode ver na foto, as pessoas não se retraíram e vieram demonstrar a sua fé.

Mantendo a tradição secular, estiveram presentes os feirantes, que embora em menor número que outrora, mas o que interessa é sua presença.Mas também esteve presente o senhor a vender tremoços, que por sinal estavam muito bons, veio de Tábua passear e aproveitou para vender uns tremoços no São Pedro.

Além dos tremoços para os mais gulosos também poderiam comprar umas pipocas.

Mesmo a chover as pessoas foram comprando umas rifas para ajudar a Capela de São Pedro.

O senhor Albino a esposa e uns amigos antes de regressarem ao Brasil aproveitaram para vir dar uma espreitadela à Festa do São Pedro e como sempre aproveitaram a boleia para ir à Moura Morta.

Festas religiosas do São Pedro

A capela de São Pedro recebeu nos últimos anos alguma atenção por parte da Comissão Fabriqueira da Igreja de Lavegadas, visto ser uma capela com muito simbolismo e importância histórica para a nossa freguesia.

A Capela recebeu no passado recente luz eléctrica e algumas obras de conservação, foi feita a aquisição de um novo altar e bancos; foi feito na Capela do São Pedro nestes últimos anos um investimento de aproximadamente 5000 euros.

Podemos dizer que esta é na sua essência uma festa verdadeiramente religiosa, porque as pessoas que vêm ao São Pedro fazem-no para cumprir as promessas ou fazem-no pela fé; até porque não há parte profana nesta festividade!

Capela vista da entrada principal

Novo altar da Capela do São Pedro

Dois andores muito bonitos (enfeitados com flores da Moura Morta)

Andor - São Pedro

sexta-feira, junho 26, 2009

As margens do Rio Alva

Pelas margens do Rio Alva em Fevereiro 2007 .

Por David Monteiro

O despertador cumpriu a sua função e desperta-me cruelmente às 05:30. Normalmente sou madrugador mas a chuva do dia anterior tinha deixado no ar uma humidade que insistia em gelar-me os ossos. Ainda fiquei naquele vai-não-vai mas vi que acabaria por me atrasar e deixaria o Luís á espera, o que não queria que acontecesse. Por isso, ao segundo apelo daquela máquina infernal acabei por me levantar. Arrumei as tralhas e fui até casa do Luís.Pelo caminho confirmei que a sensação de frio tinha justificação no mau tempo que fazia.

Os aguaceiros fortíssimos seguidos de rajadas de vento desconcertante marcavam o início de um dia de caminhadas em perspectiva … pouco interessante se colocava a situação.Quando partimos em direcção ao nosso destino, Friúmes, já o sol acalmava a fúria do dia mas nem por isso a estrada deixava de nos alertar que todo o cuidado era pouco.
A caminhada que fomos fazer tem o seu início perto de Friúmes, o que nos “obrigou” a passar por Penacova e comer umas queijadas de Lorvão e apreciar o Mondego desde a varanda da confeitaria ao lado do Posto de Turismo. Desta vez não deixámos de cumprir o ritual.

Um extenso chapéu de nuvens negras, daquelas que acinzentam qualquer dia, mantiveram-nos debaixo de olho o tempo todo e, de quando em vez, com uma valente carga de água, lembravam-nos da sua existência.
No entanto, parece que o contracto com o S. Pedro entrou em funcionamento no momento que calçámos as botas e o sol apareceu, embora tímido, dizendo-nos que faria o que lhe fosse possível para nos manter secos. O trilho, muito evidente, apareceu à nossa frente sem qualquer dificuldade levando-nos pinhal a dentro de onde se avistavam vastos campos de cultivo. Ao longe comecei a ver um amontoado de casas em ruínas. Uma aldeia que não resistiu ao abandono.Aproximei-me e não consegui conter-me a divagar. A minha imaginação voa para um espaço e tempo que não vivi mas cujos murmúrios ainda ecoam naqueles campos.

Apesar do recente desleixo, o ordenamento dos campos, contrastando com a restante paisagem, demonstra claramente o aturado resultado do labor humano. Numa zona onde abundam os cursos de água, os terrenos cultivados espalham-se ao longo desses rios e riachos encabeçados por caminhos enlameados, onde dois pequenos tractores não se poderiam cruzar. O meu olhar de espanto estaciona-se nos terrenos cimeiros que, sem qualquer acesso para qualquer tipo de maquinaria, apresentam o mesmo tipo de bom tratamento dos terrenos mais acessíveis.Não consigo deixar de pensar nos homens e mulheres que, de forma maquinal, se levantaram consecutivamente ao ritmo que o sol lhes impôs para virem aqui trabalhar até que tudo isto chegasse ao ponto de eu poder contemplar e desfrutar de tal beleza.
Vejo as costas que arquearam vezes sem conta à força do balanço que a enxada exigiu, forçada pelas mãos calejadas da repetição dos actos.O mesmo frio que me encheu de preguiça não teve possibilidade de passar de um mero suspiro a quem insistentemente teve de vir moldar estas encostas.Equipado com o meu anorack, calças impermeáveis e botas de caminhar reparo que é fria a chuva cai.O capuz do anorack funciona como um tambor e a as gotas de chuva tornam-se num rufar que enche o espírito de qualquer caminhante.Mas a lembrança dos homens e mulheres que por aqui viveram não me deixa sozinho. Olho o chão alagado e a mesma água que circula as minhas botas que a repelem é a mesma água fria que um dia encharcou o calçado dos antigos habitantes e, de repente, sinto desconforto ao calor dos meus pés.As gotas de águas escorriam pela camada de impermeabilizante da minha parka com a mesma facilidade que, um dia a seguir ao outro, penetraram nos tecidos de lã e algodão que estas gentes usavam e não deixo de recordar o quanto me incomodou a humidade ao acordar. A chuva pára e de repente abre-se o céu ao arco-íris.
Ouve-se água a escorrer por todos os lados e as gotas que ficaram no folhedo brilham transferindo os raios de sol para todos os lados e de baixo para cima. Ao longe la se via o Carregal, passamos pelo Cardal e pela Ponte Mucela. Ainda fomos à Moura Morta ver a magnifica paisagem do alto do seu coreto. Às minhas costas ficam as imagens dos campos cultivados e à minha frente deita-se uma cortante paisagem do Rio Alva e o seu açude, o Caneiro.É bom sentir.
David Monteiro

quinta-feira, junho 25, 2009

"Mouras" e "Mouros"

"Mouras" e "Mouros" na toponímia do espaço linguístico galego-português













Para quem gosta de saber destas coisas...

A palavra "moura"/ "mouro", de etimologia grega, significa "negra"/"negro". Refere-se ao conjunto de grupos étnicos da África Setentrional que entraram na Península Ibérica no contexto do Império Árabe. Conquistaram a simpatia dos povos autóctones, ao ponto de terem passado a constituir uma referência fundacional, civilizacional e afectiva. Tudo o que é antigo é dos mouros, desde a Pré-História até aos Reinos Suevo e Visigodo, passando pelos séculos da Pax Romana. Nada disso conta em termos de passado. A Criação do Mundo aqui é obra dos Mouros. O que antes eram "As Colunas de Hércules", e o que elas representavam, desapareceu da memória da Civilização. O mundo começa agora com Tárik, e as Colunas que eram de Hércules ganharam o nome de "Djébel-al-Tárik". Isto é, O Rochedo de Tárik, "Gibraltar" - que se pronunciaria Gibraltàr se não fosse a falta de jeito dos ingleses para pronunciar correctamente seja o que for e a nossa mania bacoca de os imitar.E no que toca ao afecto, à irracionalidade, ao encantamento, estamos conversados: são as Mouras encantadas, que se perderam de encantos por estas regiões, quase sempre reféns de uma pedra, de uma penha ou de uma gruta.(...a continuar...)Mas os topónimos "Almourol" (Al-Mourol), "Marão", "Mora", "Moro", "Morón" (Esp.), "Morouços", "Môrro", "Morreira", "Moura", "Moura da Serra" (um curioso pleonasmo), "Moura Morta", "Mourão", "Mouro", "Mouroal" (quantid.), "Mouronhe", "Mourosas" (adject.?), apesar das aparências e de lendas associadas, não têm qualquer ligação com essas etnias. Estes topónimos têm até a particularidade de surgirem em locais onde a presença continuada de Mouros é improvável, como as Astúrias, Galiza e Norte de Portugal. Estão, antes, associados a locais montanhosos e ricos em penedia (raiz Mor-, "penedia"), que em casos como "Marão" e outros poderia traduzir-se, noutra matriz linguística, por "Penhas", "Peneda" e noutra ainda por "Canda", "Candeeiros", "Candemil", "Candosa".

Citação obrigatória do autor( o viajante e do blogue

Toponímia Galego-Portuguesa e Brasileira

quarta-feira, junho 24, 2009

Centro de Convívio registado no directório de Empresas

Com o objectivo de levar o nome da Moura Morta ainda mais além, o blog criou o registo do Centro de Convívio da Moura Morta no directório de empresas da Hotfrog, afim de dar a conhecer e divulgar a nossa terra.



E já que na Moura Morta nunca se prestou a devida Homenagem ao Dr. Antonino Henriques, o blogue resolveu tomar a iniciativa e prestar-lhe uma simbólica Homenagem de dar o seu nome ao Largo da Capela, passando-se para nós a chamar Largo Dr. Antonino Henriques.


Já sabe Cultura, Recreio e Pesca é na Moura Morta!

Para quem nasceu na Moura Morta antes de 1980...

Cimo da Rua era o ponto de encontro


Vendo bem as coisas..., é difícil acreditar que estejamos vivos hoje!
Quando éramos pequenos, viajávamos de carro (aqueles que tinham a sorte de ter um...) sem cintos de segurança, sem ABS e sem air-bag! Quando não íamos pendurados no tractor, no reboque ou em cima das carrinhas normalmente sem nos agarrarmos para aumentar a sensação de perigo. Os frascos de remédios ou as garrafas de sumo não tinham nenhum tipo e tampa especial... que vinham embaladas sem instruções de uso...

Bebíamos água da torneira e nem se conhecia água engarrafada!

Que horror!!!! Ai “Jasus

Até andávamos de bicicleta sem usar nenhum tipo de protecção e passávamos as tardes a construir carrinhos de rolamentos ou mesmo a andar de bicicleta sem travões e sem pneus. Atirávamo-nos ladeira abaixo e esquecíamo-nos que não tínhamos travões até que uma qualquer calçada ou árvore nos parasse no caminho... Depois de muitos acidentes de percurso, aprendíamos a resolver o problema, SOZINHOS!!!!!

Nas férias, saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo; os nossos pais às vezes não sabiam exactamente onde estávamos, mas sabiam que não estávamos em perigo. Não existiam telemóveis! Incrível!!!!!!!!

Quantas nódoas negras, braços partidos, dentes arrancados com o embate em árvores que estava no sitio certo mas na hora errada, quedas...Lembram-se destes incidentes?

Janelas partidas (ao Cimo da Rua as Janelas da Alda Taroca, da Zulmira e mesmo as telhas da casa do forno do Ti Agostinho), jardins destruídos, as bolas caíam no terreno do vizinho mas tudo bem...

Haviam brigas (porrada) e, às vezes, alguns olhos negros. E mesmo feridos e chorosos tudo passava depressa; na maioria das vezes, nem mesmo os nossos pais descobriam, se não ainda ficávamos piores.

Comíamos doces, pão com muita manteiga... E ninguém era GORDO... No máximo, era-se um gordinho saudável... Dividia-se uma garrafa de sumo, até uma cerveja ou um tinto na Adega do Ti Álvaro às escondidas, entre três ou quatro putos ninguém morreu por causa de doenças infecciosas!
Não existia a Nintendo, Playstation I quanto mais a Playstation II , nem havia TV Cabo, vídeo, computador, nem Internet... Tínhamos, simplesmente, amigos!
Andava-se de bicicleta ou a pé. Íamos a casa de amigos, tocávamos a campainha se existisse, mas normalmente entravamos sem bater, entrávamos e conversávamos.... Sozinhos, num mundo frio e cruel!!!!!!!! Sem nenhum controle! Como sobrevivemos????

Inventávamos jogos... com pedras, feijões ou cartas...Brincávamos com pequenos monstros: lesmas, caramujos, e outros animaizinhos, mesmo senossos pais nos dissessem para não fazermos isso, na época das chuvas íamos construir barragens de terra chegávamos a casa sujos e molhados!

Alguns estudantes não eram tão inteligentes, quantos não tiveram que repetir a escola porque não passavam. Que horror! Os professores eram insuportáveis! Não davam abébias... Os maiores problemas na escola eram: chegar atrasado, mastigar pastilhas na aula ou mandar bilhetes a dizer mal da professora. Correr demais no recreio ou andar á porrada por causa de uma canelada que levou a jogar à bola. As nossas iniciativas eram "nossas", mas as consequências também!
Ninguém se escondia atrás do outro... os nossos pais estavam sempre do lado da Lei quando transgredíamos as regras, levávamos uma “malha” e só se perdiam as que caíam no chão!

Se nos portávamos mal, os nossos pais colocavam-nos de castigo e incrivelmente, nenhum deles foi preso por isso! Sabíamos que quando os pais diziam "NÃO", era "NÃO".

Recebíamos brinquedos no Natal ou no aniversário e não de todas as vezes que íamos ao supermercado... Os nossos pais davam-nos presentes por amor, nunca por culpa... Por incrível que pareça, as nossas vidas não se arruinaram por não ganharmos tudo o que gostaríamos, que queríamos....
Tínhamos liberdade, sucessos, algumas vezes problemas e desilusões, mas tínhamos muitas responsabilidades... E não é que aprendemos a resolver tudo?... e sozinhos...

Se é um destes sobreviventes.... PARABÉNS!!!!!!!!

terça-feira, junho 23, 2009

Põe palha Maria põe palha

Ouvia esta "estoria" quer contada pela Ti Rosa Lima quer por meu pai. Não conhecia a estoria do Põe palha Maria põe palha, mas o saudoso monsenhor Pereira Nunes contou-a no seu livro dos Contos do Fajão.

O Juiz de Fajão, na Relação do Porto

Um dia mataram um homem na serra da Rocha, e o Juiz de Fajão, que andava por ali à caça, viu quem o matou.

Mas como esse homem andava de mal com certo indivíduo, puseram as culpas a esse com quem ele andava mal.

No tribunal, as testemunhas juraram que tinha sido esse fulano o assassino.

O Juiz de Fajão tinha visto, mas não podia ser ao mesmo tempo testemunha e juiz. Tinha de julgar conforme a prova testemunhal, mas também não queria condenar um inocente e deixar em liberdade o assassino.

Então lavrou a seguinte sentença:

Julgo que bem julgo,

posto que bem mal julgado está!

Vi que não vi, morra que não morra!

dêem o nó na corda que não corra.

Chés-bés; Maria põe palha.

E, lida a sentença, aconselhou o réu a recorrer para a Relação.

Foi o processo para a Relação do Porto, e de lá devolveram-no alegando que não entendiam os dizeres daquela sentença, especialmente aquele «chés-bés, Maria põe palha». Que era melhor lá ir.

O Juiz de Fajão marcha para o Porto, mas levou consigo um rapazito dos seus oito anos. Explicou-lhe o que queria dizer «chés-bés, Maria põe palha», e chegado ao

tribunal da Relação, disse ao rapazito que esperasse à porta, e se o chamassem para lhe perguntarem o que queria dizer «chés-bés, Maria põe palha», que dissesse.

Depois entrou, mas ninguém lhe deu cadeira para se sentar. Então ele não se desmanchou; pegou no capote, dobrou-o muito bem dobrado e sentou-se em cima dele.

Perguntaram-lhe então o que queria dizer a sentença, e ele explicou:

«Julgo que bem julgo,» porque julguei conforme a prova testemunhal.» «Posto que bem mal julgado está», porque eu vi que o réu está inocente». «Vi, que não vi», porque vi quem matou mas não posso ser Juiz e testemunha.» Morra que não morra, dêem o nó na corda que não corra», porque ele não deve morrer visto que está inocente.

E pergunta o presidente da Relação:

— Então e que é isto que aqui está: «chés-bés, Maria põe palha?»

— Pois os senhores não sabem o que é chés-bés? Até um rapazito sabe o que isso é. Olhe, quando eu entrei estava ali um à porta; se o mandarem chamar, ele diz o que isso é.

Foram chamar o rapazito, e perguntaram-lhe o que quer dizer «chés-bés». Ele respondeu logo: Quer dizer

etc, etc.

O Juiz da Relação não se deu por vencido, e perguntou ao Juiz de Fajão:

— Então e isto que aqui está: «Maria põe palha?»

— Sabe, Sr. Dr. Juiz, é que nós lá em Fajão temos falta de azeite para nos alumiarmos, e então deitamos palhas na fogueira para podermos escrever. Quando a chama vai a apagar-se tem de se dizer: Maria, põe palha!

O Juiz da Relação disse então:

— Pois se lá não têm azeite, mande cá uma almotolia que eu dou-lhe o azeite.

Terminada assim a audiência, o Juiz de Fajão levantou-se, despediu-se com todo o respeito e já ia a sair, quando o oficial de diligências lhe gritou lá do cimo da escada:

Então o senhor Juiz de Fajão não leva o capote?

— O Juiz de Fajão nunca levantou cadeira donde se assentou.

Contos de Fajão - Monsenhor A. Nunes Pereira, pp15

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A Erva Cidreira

Erva-cidreira ou Melissa. (Melissa officinalis)
Originária do sul da Europa, é muito conhecida na Moura Morta como Erva Cidreira
Medicinal: acção calmante, antitérmico, regulador da menstruação, analgésico, digestivo. Uso em forma de chá.
Cosmética: utilizada em forma de banhos de vapor para cicatrizar acnes do rosto, em banhos e loções para pele oleosa.
O chá apresenta resultados nas afecções gástricas, problemas de nervos, câimbras intestinais, desmaios, debilidade orgânica, reumatismo, dores de cabeça, epilepsia, enxaqueca, histerismo, espasmos, má circulação do sangue, palpitação do coração, resfriados, tosses, inflamação dos olhos, diarréias do sangue, dores, auxiliar no tratamento da caxumba, problemas de estômago, fígado e intestino.
É calmante do sono em geral.
Fazer o chá de um pequeno ramo e tomar um copo 5 dias por semana. Intercalar e repetir a dose outras vezes.
Antigamente barravam-se os cortiços das abelhas para chamar os enxames. Por isso era chamada de Mel issa.

Arnica - Planta medicinal da Moura Morta

A Arnica é um género de planta com aproximadamente 30 espécies de perenes, herbáceas, que pertencem a família das Asteráceas (Asteraceae).
O nome Arnica significa pele de cordeiro, aludindo ao tacto das suas folhas, suaves e peludas.
Este género circumboreal e montanhoso floresce na sua maioria nas regiões temperadas da Europa e essencialmente na Moura Morta. Duas espécies são originárias da Eurásia (Arnica angustifolia e Arnica montana).


Arnica é uma planta com propriedades medicinais. Muitos e variados são seus usos, entre os principais podemos citar: cicatrização de ferimentos superficias, combate de hemorragias leves, além de contribuir como anti-inflamatório e anti-térmico natural.
Várias espécies, como Arnica montana e Arnica chamissonis contém helenalina, uma lactona que é um ingrediente essencial em preparados antiinflamatórios provenientes de contusões.

Arnica é uma planta com propriedades medicinais sendo variados os seus usos.
Os seus poderes são conhecidos desde a Idade Média - a Arnica (Arnica montana) é originária das regiões montanhosas do norte da Europa e das encostas da Serra de S.Pedro viradas para a Moura Morta e desde tempos remotos é usada na cicatrização de ferimentos graças às suas propriedades regeneradoras de tecidos. Em aplicações mais específicas, é também indicada para combater febres, hemorragias, desinterias, infecções renais, inflamações oculares, problemas circulatórios e cardíacos.
Os mais idosos da nossa aldeia certamente conhecem os poderes da arnica: há uns bons anos, não havia "farmácia caseira" que não tivesse pelo menos um vidrinho de tintura ou pomada de arnica para socorrer depois de uma pancada ou contusão. A receita dos nossos avós agora tem comprovação científica: pesquisas realizadas na Universidade comprovou a eficiência da arnica para tratar amachucadelas, especialmente aqueles com marcas arroxeadas.

A responsável por essa eficiência é a presença de uma substância chamada 'quercitina', capaz de aumentar a resistência dos vasos e a irrigação sanguínea nos locais amachucados, diminuindo o coágulo e eliminando a mancha roxa. Outra substância - a inolina - funciona como um analgésico, aliviando a dor da pancada.
Popularmente, a Arnica recebeu diversos nomes: quina-dos-pobres, tabaco-dos-alpes, tabaco-da-montanha, erva-dos-pregadores, etc. Há controvérsias sobre origem do nome "Arnica", embora muitas referências indiquem que seja uma deformação da palavra grega 'ptarmica', que significa "que faz espirrar". O nome "quina-dos-pobres" teria surgido no século XIX, em razão das suas propriedades antitérmicas.
Planta da família das Compostas, a Arnica é um arbusto perene, que produz floradas abundantes de cor amarelo-ouro ou alaranjado. As pétalas ovaladas e pontudas exalam um suave perfume. Os frutos são pardos. As flores e as raízes são as únicas partes da planta que podem ser aproveitadas para fins medicinais e cosméticos. Por ser uma planta originária dos solos ácidos das montanhas européias, o cultivo da Arnica montana em Portugal é de adaptação fácil e vai ser desenvolvida agora na Moura Morta.
Existem muitas plantas confundidas com a arnica, mas na verdade são espécies diferentes e não têm a mesma aplicação terapêutica.
A milagrosa florzinha, no entanto, deve ser utilizada com cautela. Recomenda-se utilizá-la para uso interno apenas sob supervisão médica. Nunca se deve fazer chá com as folhas da arnica, pois elas apresentam componentes altamente tóxicos. As farmácias homeopáticas preparam medicamentos seguros a partir das raízes da arnica, que são largamente utilizados. Já para o uso externo, as precauções podem ser reduzidas. Existem no mercado vários medicamentos indicados para uso externo preparados à base de arnica que podem ser usados para tratar amachucadelas, contusões musculares, artrite, dores reumáticas e até para auxiliar no tratamento das varizes.
Na cosmética, a Arnica é empregada para combater a oleosidade e queda excessiva dos cabelos, rachaduras e hematomas na pele e tratar irritações da pele dos bebês (na forma de talco). Para aplicações externas, você pode preparar a tintura e o óleo medicinal em casa. É só adquirir as flores secas nas farmácias ou lojas especializadas. Mas atenção: cuidado com as falsificações, peça a Arnica pelo nome científico - Arnica montana - e não aceite substituições.
E aqui vão duas receitas do tempo das nossas avós:

Óleo Medicinal à base de Arnica- 100 g. de flores secas de Arnica montana;7 colheres (sopa) de azeite do nosso. Faça uma mistura com os dois ingredientes, coloque numa vasilha com a tampa e leve ao fogo em banho-maria, durante 3 horas. Depois disso, coe e esprema bem o resíduo para retirar todo o extrato. Recomenda-se usar o óleo ainda morno, nos casos de dores reumáticas e musculares.
Tintura de Arnica
para contusões, hematomas e dores reumáticas 1 parte de flores secas de Arnica montana; 5 partes de álcool de cereais (aguardente, bagaço, pode ser adquirido em lojas de produtos naturais ou em farmácias de manipulação) ;5 partes de água. Coloque as flores secas de molho na mistura de álcool e água. Deixe descansar por 15 dias, agitando de vez em quando. Evite deixar o recipiente próximo à luz. Coe num pano limpo, espremendo bem e coloque num vidro escuro bem tapado. Recomenda-se utilizar a mistura antes de completar 1 ano, mantendo-a guardada num local escuro. É indicada apenas para uso externo.

segunda-feira, junho 22, 2009

A Sineta da Capela

Esta é a factura da compra da Sineta da Capela da Moura Morta.

Foi comprada ao fundidor de sinos - António Alves Simões - na Boca da Mata em Alvaiazare por 1.200$00 em 18 de Maio de 1946, quase em cima da 1ª festa do Divino Espirito Santo celebrada na actual Capela.
A actual Capela foi mandada construir por Américo Ferreira dos Santos do lugar da Vinha na Moura Morta e entregue ao povo a 4 de Junho de 1946 nessa Festa do Espírito Santo.
A sineta pesa 30 Kg e foi paga ao preço de 40 Escudos/Kilo.
Para que todo o conjunto não fosse somente doado por Américo Ferreira dos Santos, o povo instigado pelo Ti Lucio Trindade achou que também devia comparticipar para a Capela. Assim foi feito um peditorio para a aquisição da Sineta.
Muito pediu o Ti Lúcio para a compra da sineta. Esse peditório só rendeu os 520$00 tendo o benemérito Américo da Vinha entrado com o resto da massa.
Se não, não haveria sineta para a inauguração e para a festa e ficaria para recordar como as Obras de Santa Engrácia.

Nota: Nessa altura um assalariado ganhava 2$00 por dia e de sol a sol....ou seja teria de trabalhar quase 2 anos para comprar a sineta.

Hoje as festas são outras.......

domingo, junho 21, 2009

As Flores dos canteiros do Adro da Capela

Sem duvida que com muito gosto se encontram bem cuidadas as flores do Adro da Capela

Reparem na beleza deste gladiolo verde alface

Raridade de flores

sábado, junho 20, 2009

A Tintureira - Fitolaca


A Tintureira -Phytolacca americana

É uma herbacea da flora da Moura Morta. Quem não a conhece por cá?
A Phytolacca americana, ou tintureira, é uma herbácea perene que pode atingir os 2,5 metros de altura e está naturalizada em todo o território nacional, incluindo Açores e Madeira.
Já ha muitos anos que lhes chamamos as fitolacas. Gostamos de aportuguesar as designações científicas dos géneros, mas no caso destas interessantes plantas que espreitam em todos os valados e penduram os seus cachos vistosos pelos muros, são muitos os nomes que poderiamos escolher, e todos eles contam histórias:Noutras zonas do país é conhecida por -Tintureira, Erva-da-América, Uva-da-América, Erva-dos-cachos-da-Índia, Uva dos-passarinhos, Vinagreira;

Achamos interessante o nome de Uva dos-passarinhos , mas escolhemos Tintureira para o título por ser realmente uma das características mais marcantes deste arbusto vivaz, sobretudo das suas bagas carmim escuro. Estas (e outras partes da planta) contêm elementos tóxicos para os mamíferos mas que não afectam os pássaros.

sexta-feira, junho 19, 2009

Já conhecia este país

Um país interessante para você ir de férias

quinta-feira, junho 18, 2009

Presidente da República em V.N. de Poiares

Jaime Soares – De Coimbra ao futuro político

Deseja um "distrito forte" e gostava que Coimbra fosse efectivamente a capital da região. Deseja entrar na lista do PSD à Assembleia da República (AR), mas mantém o espírito de missão: "Poiares sempre".

“Coimbra é a nossa marca e devia ter criado um distrito forte, como capital da região que não é”, afirma Jaime Soares.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares confessa "que tem conhecimento disso há muitos anos" e que por diversas vezes "tentou dar a volta a isso, de modo a que Coimbra fosse inquestionavelmente a capital da região". A realidade, porém, é bem diferente e, agora, "andamos a chorar sobre leite derramado quando esta ou aquela estrutura abandonam Coimbra, esquecendo que ninguém em tempo útil foi capaz de levantar a voz". Jaime Soares recusa o auto-elogio, mas recorda os "combates" por causas que deviam ser de todos, independentemente da cor política.
Tem um "respeito muito grande" pela Universidade de Coimbra e "curva-se respeitosamente" perante o valor intelectual e científico, mas, como maior universidade do país, "devia ter promovido o debate em torno de várias matérias", contribuindo para que Coimbra "fosse efectivamente a capital da região". Polémico e irreverente, Jaime Soares garante que "pensa bem" aquilo que diz, "não retirando uma vírgula" à apreciação que faz da realidade: "o nosso distrito podia ser muito mais forte se tivesse existido por parte do espaço mãe a criação de dinâmicas que envolvessem o colectivo", leia-se, todos os concelhos que integram o distrito de Coimbra.
Temos assim, "uma questão de liderança" para resolver num distrito em que os autarcas "não têm muito o sentido do associativismo", optando pelo "salve-se quem puder", o que leva Jaime Soares a questionar a utilidade das associações de municípios. "Nas associações onde estou procuro mudar mentalidades, nomeadamente na Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Norte, que, se não defender um conjunto de propostas que contribuam para o desenvolvimento da região do ponto de vista das dinâmicas colectivas, não sei se terá alguma razão para existir", considera. E prosseguiu: "se for unicamente para fazer a gestão do QREN no que respeita às verbas contratualizadas, então seria preferível que se deixassem estar os GAT e as CCDR. Tem de ser mais do que isso. Enquanto uns definem um plano estratégico para a região, outros andam a passar a mão pelas costas ao secretário de Estado ou ao ministro para garantir a estradinha que passa à porta, não efectuando uma análise de conjunto".
O julgamento do povo "chegará um dia" e o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares "não tem pena nenhuma" do que poderá acontecer a quem "não altera as mentalidades". E vai mais longe: "há uma corrupção mental e intelectual que é necessário expurgar de uma vez por todas de pessoas que são eleitas pelas populações. No passado, acredito que tudo tivesse de funcionar desta maneira, porque ninguém tinha nada e todos queriam ter, mas neste momento é necessário dividir o bom pelas aldeias".

Estrada da Beira deve ser recuperada

Recorda a presença da Estrada da Beira na convenção internacional de ligações prioritárias para criticar a evolução dos tempos. "Ninguém se preocupou em recuperar esse estatuto. Uns preocupam-se com o Metro de Superfície, outros com as variantes à Estrada da Beira. Basta lembrar o aumento dos custos na 342, na ligação Lousã, Miranda do Corvo, Lamas, que inicialmente era de dois milhões de contos e que já ultrapassou em muito esta verba. E para quê?", questiona.
Se o dinheiro fosse investido na recuperação da Estrada da Beira "teria sido bem melhor", afirma, lembrando o apoio na Assembleia da República à construção da ligação da Lousã à Estrada da Beira. "Uma grande avenida para entrar... numa estrada de carros de bois! Isto é que é planeamento?! É com isto que se defende uma região?".
As acessibilidades continuam na ordem do dia e Jaime Soares não desarma nas convicções: "uns são de primeira e outros de segunda? E esses, os de primeira, são mais produtivos? Basta comparar o investimento da Câmara de Poiares no Parque Industrial e o rendimento que daí resulta...". Quais são os riscos? "Vila Nova de Poiares poderá sofrer os problemas do passado caso não resolva o problema das acessibilidades". Mas o concelho, demonstra o autarca, depende de outros para chegar a porto seguro: "Há anos que tentamos efectuar a ligação de Poiares a Penacova e o projecto não avança. Não é importante ligar o Pinhal Interior Norte ao IP3?". O acesso ao Porto da Figueira da Foz e ao Porto de Aveiro ficaria facilitado, pelo que Jaime Soares não compreende a opção "pelas pequenas coisas".
A qualidade de vida está à vista em Vila Nova de Poiares, "sem guetos" e com condições ímpares.

Área Metropolitana "era só para alguns"

Elogia a decisão do Governo de acabar com a Área Metropolitana de Coimbra que, "da forma como estava a evoluir, seria só para alguns. "Foi tudo tratado à dimensão do umbigo de cada um e não dos interesses globais. Aliás, não está ainda resolvida a questão da distribuição das verbas que pertencem a todos e que não sei onde estão ou como estão", afirma.
Jaime Soares não desiste das obras na Estrada da Beiral, que assegurem "a resposta às necessidades das populações da Lousã, Arganil, Miranda do Corvo e de Vila Nova de Poiares", e promete manter na ordem do dia a ligação de Poiares ao IP3. "Espero que a Câmara de Penacova, que tem andado adormecida, tente efectuar com Vila Nova de Poiares a ligação ao IP3, a partir da Ronqueira, com uma nova ponte na zona de Vila Nova, para a rotunda da Barca".
Na reunião com o primeiro-ministro, José Sócrates, na Quinta das Lágrimas, o autarca defendeu o aproveitamento das concessões da auto-estrada Coimbra-Viseu para o alargamento, com características de auto-estrada, do IP3 desde Trouxemil a Penacova. "Só eu é que levantei a voz e fiquei à espera que Penacova tomasse idêntica atitude, mas Penacova ficou num silêncio total. São situações que não se podem admitir".
Por outro lado, Penela, Miranda do Corvo e Lousã, que vão ser servidos pelo IC3, "deviam ter assumido uma atitude de força para que fosse construído um túnel que ligasse a Portela a S. Frutuoso". Mas a realidade foi outra: "passa à minha, então o problema está resolvido".

Vila Nova de Poiares “é a minha paixão”

Quem dá a recandidatura de Jaime Soares como certa está... "a adivinhar". Nesta entrevista ao DIÁRIO AS BEIRAS, Jaime Soares garantiu que "nada está decidido" e que, acima de tudo, "são os órgãos do partido que se pronunciarão na altura própria".
O autarca considera que "não tem necessidade de dizer" se é ou não candidato à presidência da câmara, ainda que a decisão pela negativa, a ser tomada, seja comunicada ao partido em tempo útil. No rol de cenários há ainda uma outra possibilidade.
Confrontado com os resultados das eleições europeias e o possível triunfo do PSD nas legislativas, Jaime Soares confessa que, no caso da recandidatura, "este será o último mandato como autarca" e que mesmo com a convicção de que "muito ainda poderei dar, o meu espaço de tempo a nível local está esgotado". Mesmo assim, se a recandidatura ocorrer, "irá assumir a presidência como sempre fiz", colocando na balança nas decisões um desejo: "quero ser candidato a deputado, porque o estatuto de deputado permitirá, quando fizer a opção, a entrada na Assembleia da República, deixando espaço aberto para quem se irá seguir, porque o PSD tem grandes responsabilidades políticas neste concelho", pelo que pretende "dar a entender aos poiarenses quem são as pessoas melhor colocadas para o exercício do cargo". Assim, no caso da recandidatura, Jaime Soares incluirá na lista "as pessoas que possam vir a ocupar a presidência, se essa for a vontade dos poiarenses". Na prática, o actual presidente promete sair de cena para que os poiarenses efectuem uma "escolha acertada, como aliás tem feito ao longo dos anos". E que não haja dúvidas: "quando sair, como diz o povo, saio teso. Fico feliz por isso. Podem acusar-me de tudo, mas a minha vida é transparente. Gostaria de terminar a minha vida política na Assembleia da República, mas não farei imposições. Isto é um desabafo sério. Estou disponível para servir Vila Nova de Poiares, a minha paixão, e também o meu País".

17 de Junho de 2009 in: As Beiras Online

As Azedas dos nossos muros

Azedas ou Azedões

As azedas pertencem à família das Poligonáceas (Rumex acetosa). Existem muitas expontaneas na Moura Morta junto aos muros . Só ultimamente as pessoas se têm interessado pelo valor das saladas de azedas. Colhem-se as folhas novas antes da floração, uma a uma. Quanto mais frequentemente se fizer esta apanha, tanto mais forte será a nova folhagem da planta. As folhas consomem-se frescas, porque quando secam perdem quase por completo as suas virtudes como condimento. As azedas crescem em qualquer terra de horta e nas paredes dos muros.
Ha azedas cultivadas reproduzem-se por semente. Consegue-se uma colheita mais rápida, mediante a divisão de rizomas velhos no outono e na primavera. Na primavera deve cavar-se o solo entre as fileiras, e deve mudar-se de terreno, de três em três anos.
Composição -- As azedas contém aproximadamente 1 % de ácido oxálico, assim como oxalato de potássio, gordura, muita vitamina C, ácido salícico, cálcio, ferro, manganês, ácido crisofânico, fitosterol e óleo essencial.
Emprego como planta medicinal -- O elevado teor de vitamina C faz desta planta, sobretudo fresca, um remédio no escorbuto e demais manifestações de insuficiência de vitamina C, como as hemorragias e a tendência para as ter. Devido ao seu teor em emodina e ácido crisofânico, esta planta é também um excitante para a atividade do intestino grosso e, por conseguinte, para o tratamento da atoma intestinal com prisão de ventre. Como a planta forma combinações orgânicas de ferro, fomenta a formação do sangue, sobretudo na medula vermelha. É promissor o seu emprego nos casos de anemia.
O consumo prolongado e frequente de azedas pode tornar-se prejudicial, sobretudo para os rins e para o coração.
Emprego como condimento -- As azedas empregam-se como salada e na confecção de sopas.

Casas Antigas da Moura Morta-4


Antiga casa do Ti Soares


Antiga casa do Ti Eduardo da Lomba


Antiga Casa do Ti Bernardo

quarta-feira, junho 17, 2009

E um restaurante aqui!

Na Moura Morta existe um local magnifico para a instalação de um restaurante! Sim, imaginem que neste local se procedia à reconstrução da Moenda e se associava um restaurante típico onde só se serviriam refeições por marcação.

Local esse que pudesse proporcionar aos visitantes uma vista única, uma pacatez e toda a tranquilidade.
Poderiamos ir mais longe criando assim uma parceria entre a Escola de Hotelaria, a entidade que promove o Turismo, a ADIP e a Câmara Municipal de Poiares. Promovendo assim a nossa gastronomia, ajudando dinamizar a nossa agricultura, o nosso vinho, as nossas gentes e as nossas tradições. Imaginem comer a broa acaba de fazer ou a chanfana assada no forno da broa, com os legumes da agricultura biológica produzidos no Caneiro.
Mas a maior dificuldade com que se deparam as pessoas que nos visitam, principalmente os pescadores é sem dúvida a falta de alojamento e da restauração.
Segundo algumas das pessoas com que falei o pensamento é unânime:
"Nós quando ficamos, queremos estar junto do rio, ter que ir dormir a Poiares ou a Penacova obriga-nos a levantar muito mais cedo. Preferíamos ficar por aqui, mas não há nem um quarto para alugar."